O Opportuty Zain, que participa do controle da Solpart S.A. e, portanto, da Brasil Telecom, e também é acionista da Telemar, criou em AGE realizada nesta quinta, 7, uma blindagem semelhante à que a Brasil Telecom e a holding BrT Participações S.A. ganharão contra eventuais mudanças de controle. A AGE do Opportunity Zain aprovou uma alteração estatutária, que segue o mesmo texto a ser acrescentado nos estatudos da BrT. Em linhas gerais, a nova redação dos estatutos veda a eleição e presença de conselheiros que ocupem cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes. O estatuto também determina que o conselho e a diretoria tomem todas as providências para garantir que a empresa não infrinja as regras de modo a ser impedida de explorar, direta ou indiretamente, concessões ou licenças de serviços de telecomunicações. No caso da nova redação do estatuto do Opportunity Zain, também há uma determinação de que somente uma AGE pode autorizar a troca de controle na Solpart.
Carla Cico, presidente da BrT, em teleconferência com analistas realizada na quarta, 6, havia afirmado que a mudança estatutária (no caso de sua empresa) visava evitar que concorrentes pudessem manobrar para tomar de forma hostil o controle da Brasil Telecom. Entre analistas, especulou-se que a medida estava focada na possível volta da Telecom Itália.
Agora, com a mudança de estatuto também no caso do Opportunity Zain, fica claro que o foco da preocupação do Opportunity são os fundos de pensão. Ao contrário da BrT, o Opportunity Zain não é aberto em bolsa e seus acionistas são apenas o Opportunity Fund (9,75%); o CVC Opportunity Equity Partners L.P. (42,10%), também chamado de CVC Cayman; e o CVC Opportunity Equity Partners FIA (45,45%), conhecido como CVC Nacional. Os fundos são os cotistas do CVC Nacional, e o Citibank é o principal cotista do CVC Cayman.
Mudança estatutária
