Teles e operadoras de cabo debatem espaço para parcerias

Um encontro inédito aconteceu nesta segunda, 4, durante a reunião da subcomissão de TV a cabo do Conselho de Comunicação Social, no Congresso Nacional. As principais operadoras de telecomunicações e as operadoras de TV paga(representadas pela ABTA) ficaram frente a frente para discutir em que medida é possível haver casamento entre teles e operadoras de TV paga. O encontro teve grande significado mais pelo ineditismo e por ter acontecido em um ambiente público do que pelos resultados concretos.

Entusiastas

A Brasil Telecom é a empresa de telecomunicações que mostra mais disposição para uma aproximação efetiva com as empresas de TV paga. A tele testa, em Foz do Iguaçu/PR, a tecnologia de vídeo sobre ADSL. A idéia da empresa é ter uma tecnologia de distribuição de vídeo no par trançado, portanto com capilaridade para oferecer aos concessionários do serviço de TV paga a chance de distribuírem seus sinais pelas redes de telefonia. Waldir Morgado, responsável pelo projeto, explica que além dos resultados bastante expressivos no Brasil, o grupo observou as primeiras implementações comerciais de vídeo sobre ADSL em Mônaco e em Hull, na Inglaterra. Jorge Jardim, vice-presidente da Brasil Telecom, ressaltou que a tele segue em busca de parceiros para continuar os testes e iniciar a implementação comercial do serviço de vídeo sobre ADSL.

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A Embratel, representada por seu diretor de interconexão, José Roberto Pinto, lembrou que a empresa tem todo o interesse em estabelecer parcerias com empresas de TV paga. "Podemos estabelecer parcerias para que a rede da TV paga seja o caminho que a Embratel precisa ao acesso local. É algo que vai ajudar a rentabilizar as operadoras de cabo, mas não recuperá-las, no caso das operadoras em crise". O executivo da Embratel criticou ainda a legislação dispersa existente para TV paga, em que cabo, MMDS e DTH são tratados como coisas diferentes. "Deveria existir um serviço único".
A Telefônica julgou que não teria nenhum executivo "a altura" para discutir o assunto no Congresso.

Compartilhamento

As parcerias relatadas pelas outras teles se enquadram no compartilhamento dos anéis ópticos metropolitanos das MSOs. Sercomtel e CTBC Telecom ressaltaram alguns projetos dessa natureza, com destaque para a operação da CTBC de telefonia no cabo que tem 3 mil assinantes em Uberlândia/MG.
A Telemar foi a que menos disposição mostrou, neste primeiro momento, em buscar parceria. Ércio Zilli, diretor de regulamentação da empresa, explica que do ponto de vista da convergência faz sentido o casamento entre o cabo e as empresas de telecomunicações, mas por enquanto esse modelo não se viabilizou economicamente.

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