GVT condiciona investimentos a regras de competição

A direção da GVT, acompanhada do representante dos acionistas da empresa, Shaul Shani, esteve nesta quarta-feira, 30, com o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, para anunciar o investimento de mais R$ 3 bilhões para ampliação das atividades no Brasil. A empresa condicionou, porém, estes investimentos à implementação concreta dos pontos do Decreto de Política de Telecomunicações recentemente baixado pelo presidente Lula. Segundo Amos Genish, presidente da empresa, estes novos investimentos (até agora a GVT já investiu R$ 3,6 bilhões) somente serão realizados se forem promovidos a desagregação das redes, o co-faturamento, a portabilidade numérica, e se houver da parte do governo uma ação mais forte e efetiva contra as práticas anticompetitivas.
O ministro Miro Teixeira comemorou a promessa dos R$ 3 bilhões pois ?o Brasil precisa destes investimentos? e garantiu à empresa que da parte do governo será feito todo esforço para que os pontos do decreto sejam cumpridos: ?comecem a se preparar para fazer estes investimentos e nós garantimos o nosso lado?, afirmou Miro.

Práticas anticompetitivas

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Genish afirmou que, em relação às práticas anticompetitivas, a empresa tem uma lista de 20 reclamações feitas à Anatel, sendo que ?a maioria não foi respondida a contento?. A mais grave denúncia diz respeito à recusa da assinatura do contrato de interconexão por parte da Telefônica com a espelho em São Paulo. O presidente da GVT lembrou que o contrato de interconexão é, na prática, o contrato de criação de uma nova empresa no mercado, e que a recusa da interconexão é o fato anticompetitivo mais grave. Sobre a lista de reclamações da GVT, o ministro Miro Teixeira disse que queria olhar para o futuro e não para o passado, garantindo mais uma vez que os problemas de competição serão resolvidos na medida em que surgirem. ?O que significar embaraço à competição terá desse ministério uma ação muito dura", afirmou.

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