Patricio Northland, CEO e presidente do conselho de administração da AT&T Latin America (ATTL), anunciou seu desligamento da empresa. Segundo comunicado interno da ATTL, Northland permaneceu no cargo até o momento em que empresa alcançou estabilidade operacional e financeira e identificou compradores qualificados.
Nortlhand será substituído por um comitê executivo de gestão que trabalhará com os gerentes gerais de cada país na administração das operações da ATTL até a conclusão do processo de reestruturação e venda. O comitê é composto pelo COO, Marco Northland; pelo CFO, Lawrence Young; e pelo diretor executivo jurídico, Thomas Canfield.
Outros cinco conselheiros, ligados à AT&T Corp., deixaram o conselho de administração da ATTL em 30 de junho de 2003 e foram substituídos por três membros independentes do conselho. Conforme o comunicado da empresa, essas saídas já eram esperadas.
Operações
A ATTL é composta por operações em cinco países: Brasil, Peru, Chile, Argentina e Colômbia, formando uma rede de 7 mil clientes corporativos, distribuídos nas 12 principais cidades da região (sete só no Brasil).
A dívida da ATTL atinge US$ 1,038 bilhão, dos quais US$ 833 milhões com a matriz; US$ 170 milhões com fornecedores; e US$ 35 milhões com bancos comerciais.
Em entrevista a este noticiário em março deste ano, Northland admitia que a dívida era elevada para o tamanho do patrimônio e afirmava que pretendia eliminar mais de 80% com uma reestruturação que estava em andamento.
Essas mudanças por ora não afetam a AT&T no Brasil, comandada pelo gerente geral João Elek. No País, ainda segundo dados de março deste ano, a dívida era de US$ 25 milhões com três credores – bancos nacionais e estrangeiros. Até então, a renegociação já havia sido concluída com um deles e com os demais estava em andamento. À época, de acordo com Elek, a AT&T pedia um alongamento de prazo de pagamento.