Diferentemente do que aconteceu no processo de implantação do Código de Seleção de Prestadora – CSP na telefonia fixa, quando o País acabou quase parando por ação do famoso "caladão", e cujas causas foram atribuídas ao descuido de algumas empresas (que acabaram sendo multadas em valores espetaculares) desta vez, a Anatel resolveu monitorar durante 24 horas o tráfego das empresas prestadoras de serviços móveis e das empresas prestadoras de STFC de longa distância. Para isso, foi montado na sede da agência em Brasília o Centro Estratégico de Coordenação – (CEC), que vai funcionar com 60 empregados da Anatel e será desmobilizado progressivamente na medida em que não houver mais necessidade do monitoramento.
O Big Brother da telefonia
Com o CEC, a Anatel dispensa as empresas de fazer relatórios sobre o desempenho de suas redes, ou seja, parte das metas de qualidade previstas no PGMQ do SMP são monitoradas de forma a permitir não apenas que a agência acione os responsáveis no sentido de corrigir imediatamente qualquer problema de desempenho, mas oferecer dados para a abertura de processos por descumprimento de obrigações, os famosos PADOs. Isso significa, que um monitoramento mais aprimorado do desempenho das empresas pode ser feito pela própria Anatel sem maiores problemas e dificuldades. É uma questão de decisão do setor de fiscalização dos serviços móveis e fixos: criar um Big Brother, que tudo ouve e tudo vê no setor de telefonia.