Goldman vê prejuizo ao país na guerra do reajuste

Para o deputado Alberto Goldman, PSDB/SP, as confusões do processo de reajuste de tarifas do STFC provocadas, a seu ver, pela irresponsabilidade do governo ao tratar a questão fora dos marcos legais e contratuais, está provocando ao País um mal que será sentido em futuro próximo. O deputado paulista argumenta que a atitude do governo desestimula não apenas os investimentos privados em telecomunicações, mas qualquer outro investimento produtivo: "com as altas taxas de juros e com a instabilidade regulatória justamente em um setor em que tudo estava muito bem organizado, com lei, contratos, agência reguladora, como é o caso das telecomunicações, eu me pergunto se tem algum insano que teria coragem de colocar seu dinheiro em algum setor produtivo no Brasil", afirma Goldman.

Incompetência do ministro

O deputado do PSDB paulista atribui a confusão à maneira de agir do ministro Miro Teixeira, que "está criando um verdadeiro movimento contra as empresas de telefonia no País". Para Goldman, é inacreditável que o ministro se proponha a utilizar o site do Minicom para oferecer munição às entidades da sociedade para processar as empresas de telecomunicações: "essa campanha de descrédito das empresas só prejudica o país". O deputado Goldman afirmou que tinha muito receio das negociações no ministério de Minas e Energia, especialmente porque o setor estava fragilizado com o apagão, com empresas em grandes dificuldades financeiras, além de que o processo de privatização havia ficado incompleto: "a ministra Dilma fez tudo de forma correta e sem traumas", diz Goldman. O deputado do PSDB afirmou ainda que é difícil para qualquer político ser a favor de reajustes de preços por dar a impressão de que se está defendendo as empresas e sendo contra os consumidores: "é uma coisa muito antipática. Mas seria irresponsável propor o desrespeito aos contratos e inviabilizar os investimentos futuros".

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O melhor possível

Goldman lembra que o processo de reajuste começou totalmente errado com o ministro chamando empresas de telecomunicações que têm contrato com a União para discutir informalmente "como se fosse uma conversa de bar". Para o deputado, isso não se faz porque existe um ritual para discussão de contratos e de acordo com a lei quem comanda este processo é a Anatel: "quando o ministério percebeu que aquelas reuniões não iam levar a nada, passou a bola para a agência. Daí a Anatel negociou um reajuste bem abaixo do que as empresas tinham direito por contrato, como aliás vem dizendo o deputado Jorge Bittar do PT". Goldman afirmou que a imprensa vem dando enorme destaque para o índice aplicado sobre a telefonia comercial, mas é preciso lembrar que este valor é um teto, e que como no setor corporativo já existe alguma concorrência, é bem possível que as empresas não consigam aplicar este percentual em suas tarifas.

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