Ministro e secretário divergem sobre indexação

Em pelo menos um ponto o ministro Miro Teixeira e seu secretário de telecomunicações, Pedro Jaime Ziller, mostraram um discurso desafinado. Miro não admite que tenha retrocedido ao seu discurso inicial de que não haveria indexação a partir de 2006. "O documento não prevê a possibilidade de indexação, ele prevê uma referência de índice, mas com abatimento da produtividade a partir dos números encontrados pela empresa modelo", explicou Miro, completando que "antes disso o fator de produtividade era definido de maneira aleatória, você diz apenas que é 1%… O resultado da empresa modelo servirá para calcular o redutor. E aí, em vez de ter 1% você terá uma redução de 7%, 8%, 9%. Não significa que determinará o reajuste". Já o secretário de telecomunicações admitiu que para a hipótese de se adotar um modelo de tarifa de público baseada na definição do fator de produtividade em método de teto de preços é preciso haver indexação. Segundo Ziller, a hipótese foi colocada na política porque a definição da tarifa com base no modelo de custos de longo prazo só é eficiente se houver controle da inflação. "Nós estamos batalhando para baixar a inflação, porque este modelo não serve para países com inflação descontrolada. Até 2004 esta questão deverá estar clara para decidirmos o que fazer". Além disso, o secretário explicou que esta hipótese foi uma maneira de "abrir uma janela de indexação para não gerar dúvidas sobre nossa intenção de preservar o equilíbro econômico-financeiro das empresas".

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