Empresa que fez proposta à Previ não administra fundos do Opportunity

Alguns detalhes do fato relevante publicado pela Telemig Celular e Amazônia Celular com respeito à troca de participações com a Previ chamam especialmente a atenção. Inicialmente, alguns analistas perguntam-se por que razão o fato relevante não é assinado pelas empresas pelas quais o Opportunity participa das empresas de telecomunicações (Opportunity Zain, Opportunity MEM, Futuretel, Invitel etc), já que a proposta envolve não só as empresas celulares, mas também a Brasil Telecom e a Telemar.
Outro ponto ainda a ser esclarecido é o fato de o autor da proposta ser uma empresa chamada CVC/Opportunity Equity Partners Administradora de Recursos Ltda, que, segundo os dados da CVM, não está cadastrada como administradora de nenhum dos fundos do Opportunity, inclusive os que estão nas empresas de telecomunicações. Quem administra os fundos que poderiam negociar com a Previ é o Banco Opportunity S.A., de acordo com a CVM.
Além disso, o principal fundo nacional administrado pelo Opportunity, o CVC/Opportunity Equity Partners FIA, tem a própria Previ como principal cotista, com 26,92%, seguida da Funcef (19,42%), Sistel (17,78%), Centrus (8,82%), BNDESPar (7,17%), Valia (4,53%), Telos (4,48%), Forluz (2,72%), Fachesf (2,72%), Celos (1,81%), Copel (1,81%), CEEE (0,91%), Delta (0,36%) e, por fim, o Opportunity (também 0,36%). O Opportunity, como gestor deste fundo, tem poder total de decisão sobre as ações até 2005, a não ser que 90% dos cotistas se oponham (o que nunca acontece por conta da presença da Sistel, onde a diretoria é nomeada pela Brasil Telecom). Neste fundo, a Previ investiu, em valores presentes, cerca de R$ 370 milhões.

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