Os fundos de pensão que participam do controle da Brasil Telecom e também são sócios da Telemar (embora, por determinação da Anatel, estejam afastados do controle desta última) não estranham a decisão tomada pela diretoria das empresas de estudarem a união entre as operadoras para disputar a banda D em São Paulo. Mas tentarão, durante a próxima assembléia geral extraordinária (AGE) da Brasil Telecom, salvaguardar seus interesses de acionistas minoritários. "Se formos abstrair quem são os sócios controladores das duas operadoras, a atuação conjunta em São Paulo é natural, porque dará força às empresas para se expandirem e também serem mais competitivas. O que nos preocupa é se isso será o melhor arranjo societário para todos", afirma uma fonte ligada às fundações. Outra fonte, também ligada aos fundos de pensão, confirma o ponto de vista, e completa: "Os fundos devem aproveitar a assembléia desta segunda, dia 15, para tentar impor limites no lance que será feito durante o leilão, assim como tentar colocar barreiras no rearranjo societário para não saírem prejudicados".