Huawei vê 5G pronta e diz ter embarcado 10 mil ERBs

Ken Hu, rotating chairman da Huawei

A Huawei informa já ter despachado mais de 10 mil estações radio-base para a quinta geração de tecnologia móvel (5G) para países da Europa, Oriente Médio e Ásia, e está confiante que as primeiras operações comercias com sua tecnologia  já poderão ser vistas em funcionamento ainda em 2019. Segundo a empresa, existem hoje 154 operadoras testando o 5G no mundo em mais de 66 mercados, e até 2025 a expectativa é que em pelo menos 110 países a tecnologia seja uma realidade. Não por acaso, o evento anual de tecnologia móvel que a empresa realiza, o Global MBB Forum, é totalmente centrado nas soluções de 5G que estão sendo desenvolvidas. O evento acontece esta semana em Londres.

Ken Hu, rotating chairman da Huawei, enxerga no avanço das redes 5G mudanças muito mais profundas na indústria de telecomunicações e nos setores que utilizam tecnologias da informação (TICs) do que se observou até aqui com qualquer outra tecnologia móvel. "Até aqui, o que tivemos foi uma evolução natural de uma tecnologia para outra. Agora estamos na iminência de uma revolução muito mais profunda", diz ele, ressaltando os cinco pontos em que a Huawei vê esta mudança acontecer de maneira mais acentuada:

– A conectividade será uma plataforma de serviços, e não apenas uma rede de transporte de dados, como é hoje;

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– Tudo estará permanentemente conectado. A desconexão é que será a exceção;

– O ambiente 100% conectado tende a levar todos os serviços para a nuvem, no que a Huawei está chamando de Cloud X, que é a combinação de redes de alta capacidade, capacidade computacional virtual e dispositivos mais inteligentes.

– Os dispositivos serão projetados para agregar inteligência artificial a todas as experiências online, com sensores e capacidade de processamento adequadas;

– A experiência dos usuários tende a se replicar em qualquer lugar e em qualquer rede a que ele esteja conectado. A identificação do usuário ativará instantaneamente todo o conjunto de preferências e serviços já utilizados, qualquer que seja a plataforma de acesso.

"Sob qualquer perspectiva que se olhe, o 5G está pronto. Está disponível, está mais barato, os devices já estão prontos e existe a demanda por este tipo de tecnologia", disse Ken Hu. Ele prevê que até o ano que vem os dispositivos estarão ainda mais baratos, mas que hoje o 5G é uma realidade sobretudo para as soluções de acesso fixo.

Apesar do entusiasmo, a Huawei ainda vê algumas barreiras importantes a serem vencidas. A primeira, obviamente, é a falta de padronização de espectro entre os diferentes países. Outro problema, diz a empresa, é o custo de aluguel e licenciamento dos sites, que ainda representa mais de 6% do custo total de operação. "Governos deveriam olhar para esse problema com mais atenção e estimular o compartilhamento de sites, inclusive entre diferentes setores", diz o chairman da Huawei. "Nosso esforço hoje é oferecer redes mais uma rede mais simples, mais inteligente e mais segura. Mas não é trivial. Precisamos que toda a indústria trabalhe junta nesse sentido", disse o executivo, apontando para a necessidade de parcerias e colaboração entre as empresas e com o ecossistema. (O jornalista viajou a Londres a convite da Huawei)

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