Telemig e faixas de 3G em Minas estão nos planos da Vivo

O presidente da Vivo, Roberto Lima, afirmou nesta sexta-feira, 20, que a empresa tem interesse nas faixas de terceira geração em Minas Gerais mesmo que venha a arrematar a Telemig Celular, cujas propostas devem ser analisadas na quarta-feira, dia 25. Roberto Lima, não disse com todas as letras que apresentou proposta pela operadora mineira, mas a afirmação indica que o tenha feito. A atuação nacional é um pleito antigo da operadora e a presença em Minas poderá acontecer pela compra da Telemig e pela aquisição das sobras das faixas do SMP, cujo leilão está marcado para setembro. A Vivo já havia apresentado uma estimativa de custo para a implantação da rede em Minas: R$ 700 milhões. ?As faixas de 3G nos interessa porque significam mais espectro e possibilidade de oferecer serviços mais sofisticados?, disse ele.
Roberto Lima evitou comentar a proposta de edital para o leilão das faixas de 3G, submetido nesta semana à consulta pública. Na proposta da Anatel, as empresas depositariam um seguro, de modo que se as exigências não fossem cumpridas o valor não seria devolvido. ?Nossa análise ainda é superficial, mas isso demonstra os objetivos da Anatel em estender a cobertura para as áreas com baixa rentabilidade. É cedo para nos manifestarmos publicamente sobre o edital.?
O presidente da Vivo também afirmou que está testando solução de convergência fixo-móvel na linha do produto da TIM, o TIM Casa. ?Acho que o produto deles não é um sucesso fulgurante. Da nossa parte ainda estamos avaliando o resultado dos testes?. Sobre as sinergias com a Telefônica, ele citou a redução de tarifas para o uso do código 15 pelos clientes da Vivo e a promoção para os clientes Vivo que adquirirem o Speedy da Telefônica e vice-versa. Segundo ele, 60% já era cliente ou da Vivo ou do Speedy. E 40% são novos clientes.

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Roberto Lima também comentou o recurso da GVT para a diminuição do VU-M (Valor de Remuneração de Uso de Rede do SMP). Para ele o VU-M é um importante componente da receita das teles móveis de modo que ?se tirar de um lado tem que compensar do outro?. O presidente da Vivo, aproveitou para sugerir uma maneira de desonerar um pouco o serviço, nos moldes do que foi feito com o setor de informática através da MP do Bem. ?Poderia ser permitido uma troca de crédito de PIS/Cofins. Quando você compra um celular por R$ 100 e vende por R$ 50, você não pode usar esse crédito para reduzir o PIS/Cofins da prestação de serviço?.
Ainda com relação à carga tributária ele comentou que ?subsídio não combina com 44% de carga tributária?. ?As margens estão cada vez mais baixas, em torno de 20%, quando era para ser de 40%. Então sobra dinheiro para investir, mas não sobra para remunerar o capital. O governo tem que estar sensível para diminuir a carga tributária e manter os investidores no Brasil?.

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