TIM quer reduzir provisão para devedores duvidosos após acelerar migração para pós

A redução das provisões para devedores duvidosos (PDD) deve ser uma das principais preocupações da TIM ao longo do ano, sinalizou a companhia durante teleconferência sobre os resultados operacionais do quatro trimestre de 2018 realizada nesta quarta-feira, 20. No período entre outubro e dezembro passados, os valores de PDD avançaram 78,6%, para R$ 138 milhões. Já no acumulado de 2018, as provisões para eventual inadimplência alcançaram R$ 530 milhões, ou alta de 67,5% frente os R$ 316 milhões em 2017.

CEO da operadora, Sami Foguel afirmou que tal salto foi "efeito do processo de migração do pré para o pós que começamos entre o final de 2016 e começo de 2017"; como consequência, um crescimento contínuo da receita exposta a inadimplência dentro da base pós-paga foi observado. Mesmo argumentando que o montante de PDD "está alinhado com o de outras operadoras", Foguel destacou que a TIM deve "trabalhar muito intensamente nos próximos trimestres" para reduzir tais valores.

"Na medida que o pós-pago tiver peso maior no mix, teremos resultados positivos. Espero que no segundo semestre já vejamos benefícios", avaliou Foguel; após crescimento de 13,7% ao longo de 2018, o pós-pago representava 36% da base móvel da empresa em dezembro último. Diretor financeiro e de relações com investidores da TIM, Adrian Calaza reiterou que "um crescimento adicional [nas provisões] por conta de novos clientes" não deve ocorrer, ainda que a possibilidade de manutenção dos valores nominais atuais exista.

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Para enfrentar a questão, a TIM tem trabalhado em diversas frentes. Uma delas, segundo Calaza, é uma seleção e análise mais "qualitativa" dos clientes que serão alvo de esforços de migração. Outra medidas em prática foram a implementação de um ambiente de negociação para inadimplentes e o início da operação de um novo contact center de cobranças em setembro último.

No acumulado de 2018, os custos e despesas operacionais normalizados da TIM avançaram 2,0%, atingindo R$ 10,487 bilhões; somente no quatro trimestre, o salto em um ano foi de 4,9%, para R$ 2,610 bilhões. Além do aumento do volume de PDD, uma alta no custo de mercadorias vendidas e nas despesas relacionadas ao direito de uso da marca TIM também pressionaram os números.

1 COMENTÁRIO

  1. Enquanto a Tim lucra com o 4G, a Oi segue sem investir com força no 4G… Por enquanto eu não ví a cobertura 4G da Oi crescer no interior, só nas capitais.

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