Faixa de 700 MHz em Brasília pode ser liberada para as teles em maio

O Gired (grupo de implantação da digitalização da TV) deu permissão para que a EAD (entidade administradora da digitalização) comece as ações de mitigação preventiva de interferência entre o serviço de TV digital e banda larga móvel em Brasília. A decisão, tomada na reunião desta segunda-feira, 20, pode antecipar a liberação da faixa de 700 MHz para as teles entre abril e maio, bem antes dos nove meses previstos anteriormente.

De acordo com o presidente executivo da EAD, Antonio Carlos Martelletto, ainda será preciso remanejar dois canais em Brasília antes da ação de mitigação preventiva, tarefa que deve durar duas semanas. Ele disse que a tecnologia LTE já está funcionando na faixa de 700 MHz em 18 cidades, sem problemas de interferência. Mas Brasília pode ser o primeiro grande centro a ter a convivência das duas tecnologias. O Gired, entretanto, terá a palavra final.

Sobre a alteração do cronograma de digitalização, com o adiamento de Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza, a decisão ficou para depois. O argumento para postergação, apresentado pela EAD, foi a dificuldade de recebimento dos conversores. "O único fornecedor da memória flash está com dificuldades de atender a demanda", explica Martelletto. Ele ressalta que, sem o adiamento, a distribuição de conversor, hoje na casa de 500 mil por mês, pularia para um milhão/mês.

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Critério

Na reunião desta segunda-feira também foi decidido o critério para aferição da digitalização dos domicílios, que será usado para decisão do desligamento do sinal analógico em São Paulo, previsto para 29 de março. Pelo critério, o Ibope, que realiza a pesquisa de digitalização, utilizará o deflator combinado para as televisões de tela fina, mas será aceita a tendência de crescimento da digitalização. Ou seja, nem todos os aparelhos de tela fina poderão ser contabilizados como digitais, mas as projeções de crescimento do número de lares digitalizados será levado em conta.

O critério acabou decidido pela Anatel e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, já que as duas propostas tiveram o mesmo número de votos. A Abert, que tem três votos, e a Claro defendiam a necessidade de checagem do número, enquanto Abratel, Vivo, TIM e Algar votaram na proposta vencedora.

A pesquisa com os números finais de São Paulo será apresentada no dia 28 de março, data da próxima reunião do Gired.

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