O presidente da Nokia do Brasil, Edward Fernandez, diz que duas fortes mudanças no mercado de telecomunicações beneficiarão o desempenho de sua empresa. A primeira é a digitalização da telefonia celular. Segundo seus cálculos, em 1997, apenas 5% das habilitações eram feitas para sistema digital, percentual que sobe para 75% neste ano. Mundialmente, a Nokia detém mais de 20% do mercado de aparelhos digitais e analógicos, o que lhe garantirá boa participação no Brasil. A segunda mudança refere-se à distribuição de aparelhos. Tradicionalmente, o varejo era responsável por essa distribuição, mas agora há uma tendência de as próprias operadoras também fazerem a comercialização, o que já está ocorrendo em 80% delas, diz Fernandez. É o caso, por exemplo, de BCP, Americel e Maxitel. O executivo diz que a Nokia tem bom relacionamento com Telefónica de España, Portugal Telecom, Bell South e Bell Canada, e quando a operadora distribui o aparelho tem mais influência sobre promoções e oferta.
