Cada ouvido do presidente Fernando Henrique Cardoso recebe um conselho diferente em relação à política cambial. O presidente do Banco Central e o ministro da Fazenda estariam defendendo a redução simultânea dos juros e do ritmo das desvalorizações do real, mantendo o cupom cambial na atual faixa de 8,5% ao ano. É o que o mercado quer. Mas os irmãos Mendonça de Barros e José Serra, ministro da Saúde, acham perigoso mexer no câmbio, ponderando, contudo, que se pode testar mais uma pequena redução dos juros. A nova onda da crise asiática favorece o lado Serra.