Kassab é alvo de operação da Polícia Federal

Foto Ricardo Fonseca

O ministro da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTIC), Gilberto Kassab, foi alvo de mandados de busca e apreensão executados nesta quarta, 19 pela Polícia Federal em sua casa, em São Paulo. A operação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu petição da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para cumprimento de mandados de busca e apreensão. No local, os policiais encontraram R$ 300 mil em espécie.

Segundo Dodge, Kassab teria recebido o total de R$ 58 milhões, no período em que era vice-prefeito e prefeito de São Paulo, entre 2010 a 2016. Uma parte, no valor de R$ 30 milhões, teria ido diretamente para ele, e o restante para o Diretório Nacional do PSD.

A procuradora-geral da República diz que há investigações sobre o repasse de R$ 28 milhões ao Diretório Nacional do PSD, na época presidido por Kassab. Como contrapartida, a legenda teria apoiado o Partido dos Trabalhadores (PT) na disputa nacional de 2014. As medidas cautelares foram determinadas pelo relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes. No pedido enviado ao Supremo, Dodge destaca que são investigados os crimes de corrupção passiva (Artigo 317 do Código Penal) e de falsidade ideológica eleitoral (Artigo 350 do Código Eleitoral).

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Raquel Dogde acrescenta que foi feito contrato fictício de prestação de serviços com uma empresa do ramo de transportes que tinha relação comercial com a J&F. Segundo ela, os delatores afirmaram que, entre 2010 e 2016, o ex-prefeito teria recebido R$ 350 mil mensais, em um total de R$ 30 milhões. Em relação ao repasse de R$ 28 milhões ao Diretório Nacional do PSD, a procuradora-geral observa que houve doações oficiais de campanha e outros artifícios, como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie. As investigações se sustentam em informações transmitidas durante delações premiadas de executivos da J&F.

Defesa

Em sua defesa, o ministro, que assumirá em janeiro como chefe de gabinete do governo João Dória em São Paulo, disse em nota que "seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público". Kassab afirmou que confia na Justiça e que está à disposição para prestar esclarecimentos. "O ministro confia na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, sabe que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, reforça que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, ressalta que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público", diz na nota.

(Com informações da Agência Brasil)

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