A Algar anunciou nesta sexta-feira, 19, a recompra da participação acionária de 20% que a empresa norte-americana Williams International Telecom Limited tinha na Divisão Telecom do grupo mineiro. Com esta operação, a Algar aumenta sua participação no controle acionário das empresas CTBC, ACS e Engeset, e a Williams retira-se da área de telecomunicações para concentrar-se apenas no seu core business, de produção e processamento de gás natural e gasodutos.
Sem informar detalhes financeiros da operação, José Mauro Leal Costa, vice-presidente executivo e CEO da Algar, explica que o grupo está fazendo uma captação de financiamento e a venda de pequenos ativos para efetuar a aquisição. Ele recorda que a primeira alternativa para bancar a compra seria a venda da CTBC Celular, tentada sem sucesso no ano passado junto à Telemig Celular. ?Seria uma alternativa de menor custo financeiro. E depois é preciso lembrar que há um ano o cenário era pouco favorável a financiamentos. Havia a expectativa de que o dólar e inflação iriam explodir, mas aconteceu o inverso?, argumenta.
Costa diz que o grupo tem plenas condições de suportar o financiamento com sua receita. A Algar parte agora para novos investimentos, em sua rede corporativa, e no lançamento do código 12 de longa distância em escala nacional em março próximo. Para a operação celular, que, como garante o vice-presidente da Algar, não será mais vendida, o grupo planeja decidir ainda que padrão de migração adotará, entre o CDMA e o GSM, apenas em meados do próximo ano. A instalação do overlay deve ser iniciada só no final de 2004.
A Algar e a Williams se associaram em 1997, quando a empresa norte-americana veio ao Brasil construir e operar a rede de fibras ópticas de longa distância que resultou na Engeredes, hoje gerida pela CTBC. Atualmente, este backbone óptico se estende por 8.500 km e liga as cidades de Brasília (DF), Uberlândia (MG), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).