Os executivos da Intelig têm consciência de que só vão conseguir iniciar as negociações de interconexão quando estiverem com a outorga de telefonia local em mãos. Mas se as operadoras locais demonstrarem que negociaram entre si contratos semelhantes para poder oferecer telefonia de longa distância antes de terem a licença para isso, a Intelig denunciará o fato como prática discriminatória. A mesma postura terá a Embratel, como adiantou na semana passada sua vice-presidente de serviços locais, Purificación Carpinteyro. Um dos indícios de que houve prática discriminatória ou não poderá ser a diferença de duração das negociações de contrato e dos lançamentos dos novos serviços, sugere o diretor de assuntos regulatórios da Intelig, Alan Rivière. Ou seja: se as teles locais lançarem seus serviços de longa distância muito antes de Embratel e Intelig oferecerem telefonia local, isto pode ser interpretado como um sinal de que as teles locais anteciparam-se à obtenção de suas novas licenças na negociação dos acordos.
Interconexão