A Trinn, companhia que vende VoIP para pequenas e médias empresas (PMEs), espera registrar uma receita de R$ 10 milhões em 2008. Até lá, a Trinn projeta quintuplicar sua carteira de clientes, saltando das 200 empresas atuais para cerca de 1 mil. Tais metas foram traçadas graças à recente fusão com outra empresa de VoIP, a Voiper ? em um claro sinal de que a tão esperada consolidação nesse segmento está começando. O faturamento previsto para 2007 não foi revelado.
Para alcançar essas metas, a Trinn conta com a ajuda de 8 mil revendedoras autorizadas, que fazem parte da rede da Officer, uma das maiores distribuidoras de equipamentos de TI do Brasil. A Officer é uma empresa da IdéiasNet, que, por sua vez, é uma das acionistas da Trinn. O investimento da Trinn este ano será de R$ 1 milhão.
Ao contrário de várias outras prestadoras de VoIP, a Trinn vende apenas planos pós-pagos. Seu foco é estritamente o mercado de PMEs, principalmente empresas que tenham um PABX. Em média, cada cliente da Trinn tem quatro linhas VoIP e gasta R$ 1 mil por mês com o serviço. A franquia mínima é de R$ 199, com o roteador sendo entregue de graça.
Novos serviços
Segundo o CEO da Trinn, Vinícius van der Put, a empresa pretende expandir seu portfólio este ano. ?Queremos ser a única prestadora de telecomunicações dos nossos clientes. Até o terceiro trimestre ofereceremos numeração local, acesso banda larga, hospedagem de sites e outros serviços de dados?, afirmou. Boa parte desses novos serviços será vendida mediante parcerias com outras operadoras. Para banda larga, por exemplo, deverão ser usadas redes Metro Ethernet. A Trinn tem hoje uma licença SCM e estuda qual é a melhor maneira de conseguir vender números locais a seus clientes.
A empresa tem dois pontos de presença (POPs): um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. As ligações são levadas pela internet até os POPs, de onde seguem por fibra óptica para seus destinos. A Trinn tem contratos com duas redes de fibra óptica e com duas outras operadoras de VoIP, para garantir redundância em casos de emergência.