Receita da TIM aumenta com avanço de pós-pago e 4G

Com o avanço da base pós-paga, penetração de smartphones e cobertura 4G, a TIM encerrou 2018 com crescimento na receita e no lucro. Ainda assim, a operadora enfrenta "cenário desafiador" com recuperação lenta da macroeconomia. Segundo balanço financeiro divulgado pela companhia na noite desta terça-feira, 19, a receita líquida foi de R$ 4,479 bilhões no último trimestre, um aumento de 5,2%. No acumulado do ano, a soma foi de R$ 17,050 bilhões, avanço de 5%. Do total, a receita de serviços foi de R$ 4,479 bilhões no trimestre (aumento de 3,7%) e de R$ 16,205 bilhões (crescimento de 4,7%) no ano. O serviço móvel foi responsável por R$ 3,999 bilhões (3,6% acima) e R$ 15,346 bilhões (4,5%), respectivamente.

A receita gerada pelo cliente (incluindo voz, longa distância, dados e conteúdo) aumentou 4,5% ao ano, influenciada por migração entre segmentos e intra-segmentos. A TIM diz que a expansão dessa receita continua sendo "limitada por um ambiente desafiador, representado por uma recuperação econômica lenta e um cenário competitivo bastante acirrado", o que trouxe impacto nos níveis de recarga do pré-pago e, "em certa medida", em aquisição de pós-pagos. A receita média por usuário (ARPU) aumentou 8,4% e ficou em R$ 23,7. A ARPU para pré-pago ficou em R$ 12 (queda de 0,7%), enquanto no pós ficou em R$ 39,8 (redução de 1,4%).

Por sua vez, o serviço fixo obteve R$ 226 milhões no trimestre (avanço de 5,6%) e de R$ 860 milhões no acumulado de 2018 (avanço de 9,2%). A ARPU da TIM Live ficou em R$ 82,1 no último trimestre, avanço de 13,9% comparado a 2017. Considerando o ano inteiro, a ARPU foi de R$ 76, crescimento de 13%.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) reportado foi de R$ 1,870 bilhão entre outubro e dezembro, um avanço de 5,7%. De janeiro a dezembro, foi de R$ 6,564 bilhões (crescimento de 10,4%). A margem EBTIDA cresceu 0,2 p.p. e ficou em 41,8% no trimestre, enquanto no acumulado do ano, após aumento de 1,9 p.p., foi de 38,5%. Considerando o EBTIDA normalizado (excetuando itens de custos), a companhia afirma ter atingido no trimestre o maior nível da história da empresa, chegando a R$ 1,868 bilhão (avanço de 5,6%). A operadora destaca ainda que a exposição do EBTIDA à VU-M foi reduzida "de maneira significativa" nos últimos trimestres.

O lucro líquido da TIM nos últimos meses do ano passado aumentou 5,3% e ficou em R$ 637 milhões. Considerando todo o ano de 2018, foi de R$ 2,559 bilhões, mais do que dobrando (107,3%) o resultado obtido em 2017. Considerando o lucro líquido normalizado pelo crédito fiscal devido à incorporação da TIM Celular pela TIM S.A e outros efeitos, a companhia registrou R$ 592 milhões no trimestre (queda de 2,1%) e R$ 1,566 bilhão (avanço de 26,6%).

Os investimentos da TIM no final do ano foram de R$ 1,409 bilhão, redução de 15,2%, enquanto no acumulado de 2018 foi de R$ 3,977 bilhões, queda de 4,1%. A companhia destaca que 87% dos investimentos foram dedicados à infraestrutura (rede e TI), com principais projetos em fibra (backbone, backhaul e FTTH), densificação de sites, refarming e agregação de portadoras.

O fluxo de caixa operacional da TIM aumentou 4,9% no trimestre e 84,3% no ano, somando R$ 1,722 bilhão e R$ 2,800 bilhões, respectivamente. Excetuando os custos com a limpeza da faixa de 700 MHz durante o ano (que não ocorreu no último trimestre) de R$ 143 milhões, o fluxo de caixa operacional foi de R$ 2,943 bilhões, aumento de 23,7% em relação a 2017. Por sua vez, a dívida líquida totalizou R$ 1,465 bilhão no quarto trimestre, queda de R$ 1,232 bilhão comparada ao mesmo período do ano anterior. A relação dívida líquida/EBTIDA ficou em 0,22x, comparado a 0,45x em 2017.

Operacional

A TIM encerrou o ano passado com 55,923 milhões de acessos móveis, redução de 4,6%. Desse total, 35,694 milhões eram de pré-pago, após redução de 12,6%. A base pós-paga aumentou 13,7% e fechou dezembro com 20,229 milhões de linhas – a operadora destaca novas ativações com ofertas promocionais da Black Friday e do Natal, além de crescimento de 49% (comparado ao trimestre imediatamente anterior) no total de novos clientes pós-pagos em ofertas fidelizadas. A tele ainda destacou que os smartphones agora têm penetração de 85% na base de clientes, aumento de 4,1 ponto percentual.

A base de telefonia fixa aumentou 21,5% e ficou em 897 mil linhas, enquanto a base de clientes TIM Live fechou o ano com 467 mil contratos, um aumento de 19,1%. Neste último serviço, a companhia incluiu 75 mil clientes ao longo do ano, dos quais 48 mil eram com tecnologia FTTH.

Infraestrutura

A cobertura de fibra já atingiu 26% da cobertura total, com 11 cidades, das quais cinco são capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Goiânia e Manaus). São 1,1 milhão de domicílios passados com FTTH, e 3,5 milhões em FTTc. A banda larga móvel para acesso fixo (WTTx) chegou a mais 37 cidades em 2018, e agora soma 123 municípios.

O refarming da faixa de 2,1 GHz para 4G atingiu "aproximadamente" 250 cidades. Já o projeto de virtualização da infraestrutura chegou a 41% das funções de rede. A TIM também registrou a instalação de 21 data centers para melhorar a experiência, sendo que dez eram de Data Center Core e 11, Data Center Edge. A tele contava com cerca de 18,8 mil sites, 67% deles conectados a backhaul de alta capacidade. A rede de backbone/backhaul da empresa aumentou 5,7% no ano e agora tem 90,1 mil km de fibra.

A cobertura 4G chega a 3.272 cidades, ou 93% da população urbana, um aumento de 9% comparado a 2017. Desse total, 1.426 municípios contavam com a faixa de 700 MHz, avanço de 55,7%. Além disso, a TIM destaca suporte à VoLTE em 2.522 cidades, avanço de 74,5% no ano. A companhia ainda conta com 3.169 localidades com 3G, avanço de 5,2%.

1 COMENTÁRIO

  1. Vejo a TIM crecendo e investindo no 4G…
    Mas, me pergunto:
    Como a Oi vai crescer se tem a menor cobertura 4G.
    A Oi precisa investir forte em 4G se quiser voltar a briga.

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