Nokia lança oferta de troca de ações para efetivar incorporação da Alcatel-Lucent

A Nokia lançou nesta quarta-feira, 18, a sua oferta de troca das ações para efetivar a incorporação da Alcatel-Lucent, por 15,6 bilhões de euros (o equivalente a US$ 16,6 bilhões), o que criará uma das maiores fornecedoras de equipamentos de telecomunicações e infraestrutura de internet do mundo.

O início da oferta de troca de ações ocorre após a aprovação das autoridades antitruste da União Europeia, e depois de a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA, na sigla em inglês), similar à CVM do Brasil, emitir sua aprovação regulatória nesta quarta-feira.

A estratégia da Nokia com a aquisição é tornar-se uma one-stop shop — onde o cliente pode obter tudo o que precisa — para empresas de telecomunicações e provedores de serviços de internet e ganhar musculatura para fazer frente a novos concorrentes no mercado mundial, como a chinesa Huawei Technologies, e também a rivais tradicionais, como a sueca Ericsson, que, por sinal, anunciou no início deste mês, um amplo acordo tecnológico e comercial com a Cisco Systems, o qual envolve também a cooperação na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

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O anúncio da aliança entre a Ericsson e a Cisco foi citado pelo CEO da Nokia, Rajeev Suri, em uma entrevista ao The Wall Street Journal, como um sinal de que a fusão entre a fabricante finlandesa e a Alcatel-Lucent era o caminho certo a tomar. "Este anúncio é uma validação da nossa estratégia", disse ele.

Como a Ericsson, a Nokia tem estado sob pressão para diversificar sua fonte de receitas para além dos seus clientes tradicionais, formados em grande parte por operadoras de telecomunicações, tais como companhias aéreas, empresas de petróleo e gás, fabricantes de automóveis, assim como órgãos da polícia e serviços de emergência, para melhor conectar suas operações.

Depois de vender sua divisão de smartphones para a Microsoft no ano passado e outros ativos, procurando se especializar em redes sem fio, a Nokia agora sentiu a necessidade de ampliar seu portfólio novamente, acrescentando produtos, tais como switches e roteadores, que também são usados em redes corporativas.

Suri, que foi nomeado CEO depois da venda do negócio de telefonia móvel, disse que o foco da Nokia no mercado wireles foi um plano temporário que visava dar fôlego à empresa para voltar a ser competitiva nos mercados de telecomunicações e de redes corportivas.

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