Mais antigo que a Internet brasileira, domínio .br completa 30 anos

Com mais de quatro milhões de nomes registrados e pelo menos 120 subdomínios disponíveis, o domínio .br está completando 30 anos nesta quinta-feira, 18. Há exatamente três décadas, um grupo que operava redes acadêmicas na Fapesp recebeu da Internet Assigned Numbers Authority (IANA) a delegação para administrar o domínio diretamente. Em 2017, 92% das empresas brasileiras que tinham website utilizavam o .br.

Um dos integrantes do grupo pioneiro da Fapesp e hoje diretor presidente do NIC.br, que administra o .br, Demi Getschko lembra que a Internet ainda não existia no Brasil, mas que o domínio era utilizado para identificar máquinas nas redes que já operavam no ambiente acadêmico, como Bitnet e HEPNet. Pouco tempo depois da delegação feita pelo então responsável pela atribuição de domínios de topo da IANA, Jon Postel, as redes originais foram substituídas pela Internet, com a primeira transmissão de pacotes TCP/IP ocorrendo em 1991.

Foi também em 1991 que os primeiros subdomínios .br foram criados. Na leva inicial estavam os voltados para governos (gov.br), empresas (com.br), organizações sem fins lucrativos (org.br) e forças armadas (mil.br). Hoje, já são mais de 120 as opções, incluindo categorias para cidades (como rio.br) ou profissões (como med.br ou adv.br).

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Com a expansão da Internet comercial no País a partir do fim de 1994, o número de registros .br começou a se multiplicar. Se havia apenas 851 domínios registrados em 1995, em dezembro de 1996 eles já eram 7,5 mil. O processo passou a ser automatizado e a marca de 1 milhão de domínios foi batida em 2006. Em 2010, atingiu-se 2 milhões, com os 3 milhões alcançados em 2012. Já em 2018 o .br chegou a 4 milhões de nomes registrados.

Os números fazem do .br o sétimo domínio de topo para país (ccTLD, ou country-code top level domain) mais popular do mundo, segundo o NIC.br. Ele só é superado pelos equivalentes de Alemanha (.de), China (.cn), Reino Unido (.uk), Holanda (.nl) e Rússia (.ru), que ocupavam da segunda até a sexta colocação até março, na ordem. No mês, o ranking de domínios registrados era liderado pelo .tk, da pequena ilha Tokelau, onde regras bastante permissivas atraíram mais de 23 milhões de nomes.

No Brasil, o NIC.br destaca que o valor cobrado seria entre os mais baixos internacionalmente e se mantém estável por longos períodos. A receita obtida com o registro de nomes sob o .br custeia as atividades do NIC.br, que além de coordenar o domínio também opera os pontos de troca de tráfego IX.br, entre outras ações para aperfeiçoamento da Internet no País. A entidade ainda é responsável por implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

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