Sony Ericsson não tem planos de integrar TV móvel

Entre os 11 novos modelos de aparelhos celulares apresentados nesta terça-feira, 18, pela Sony Ericsson, nenhum deles apresenta receptor para a sintonização da TV digital móvel terrestre. Silvio Stagni, presidente da companhia no Brasil, reconhece que LG e Samsung foram mais rápidas em disponibilizar a combinação GSM e ISDB-T (padrão japonês) utilizada apenas no Brasil. ?Ainda não temos data específica para fazer. Acho que é uma questão de flexibilidade interna?, diz ele.
Stagni explica que a produção de celulares 3G com receptor integrado de TV digital encarece o produto, ?o que eleva os telefones de terceira geração mais ainda ao topo da pirâmide?. Recentemente o presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirmou que apenas os celulares 3G produzidos no Brasil com receptor de TV digital teriam direito ao benefício de um PPB especial (Processo Produtivo Básico), pelo qual as empresas tem redução na alíquota do IPI e, em alguns Estados, também do ICMS. ?Limitar a produção no Brasil aos itens mais caros não faz sentido. Hoje nós já produzimos no País e até exportamos, o governo não precisa interferir nesta área?, criticou.
Com relação ao serviço de TV móvel com tecnologia DVB-H (projeto encabeçado por Alberto Blanco, ex-Telemar) a ser lançado no Rio de Janeiro, o executivo disse que a Sony Ericsson não tem aparelhos compatíveis para o projeto de Blanco que usa a faixa de UHF. Na Europa, segundo Stagni, as redes DVB-H usam a faixa de 2,1 GHz. ?Teríamos que adaptar o nosso produto. Estamos conversando?, diz.

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Modems USB

A partir de abril a Sony Ericsson vai importar esses produtos para o mercado brasileiro. O executivo reconhece que perdeu o mercado dos modems USB. Segundo Stagni, o mercado das placas PCMCIA ? tecnologia que antecedeu os modems USB ? era liderado pela Sony Ericsson, mas na evolução para os modens USB a empresa ficou para trás. Hoje, talvez o maior fornecedor de modems USB seja a chinesa Huawei. Para a produção local desses equipamentos ? assim como dos próprios aparelhos celulares – o executivo explica que é preciso um volume considerável para ser viável. Ele estima que são vendidos no Brasil de 100 mil a 200 mil modems USB por mês. Enquanto que o mercado das placas não passa de 20 mil unidades por mês. ?O mercado é comprador dos modems; essa é a grande oportunidade?, diz ele.

3G

Dos 11 novos modelos para 2008, quatro deles são de terceira geração com entrada no mercado prevista para o segundo trimestre. A Sony Ericsson, no entanto, já tem aparelhos de terceira geração disponíveis no mercado brasileiro. Segundo Stagni, cerca de 25% dos pedidos trimestrais das operadoras foi de 3G. "O maior mercado ainda é o 2,5G. Temos muito o que explorar", afirma.

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