Troca de dados via Internet pode abrir mercado para celulares

O Comitê Gestor de Roaming (CGR) avalia proposta da Cleartech para a troca de registros de detalhes de chamadas (CDRs, na sigla em inglês) em roaming das operadoras celulares por meio de circuito criptografado via Internet. A idéia é criar uma via alternativa para obter dados de todas as 21 operadoras de telefonia móvel nacionais, que ainda dependem exclusivamente da Embratel para os serviços compensação de contas. Embora o CGR tenha habilitado há dois anos a Cleartech como uma segunda opção de clearinghouse para estas empresas, nenhuma delas trocou de fornecedor, uma vez que a Embratel ainda não se abriu para a realização do intercâmbio de dados com a concorrente. Desta maneira, uma operadora que aderir à Cleartech não tem acesso aos CDRs de um assinante que fizer ligações fora de sua área.
De acordo com o diretor executivo do CGR, Alcides Maia, o comitê vai se reunir nesta quinta-feira,18, com representantes da Cleartech para obter mais esclarecimentos sobre a proposta. Em seguida, a entidade enviará a proposta às celulares, que decidirão se aderem ou não a ela. As empresas deverão, a partir desta alternativa, enviar seus CDRs pela rede às demais operadoras, paralelamente ao sistema de clearing da Embratel. Maia diz que o CGR já adota sistema semelhante para os CDRs de ligações em roaming no Mercosul.
Informações no mercado dão conta de que a Embratel tem o interesse em deter o maior número possível de clientes na carteira de sua clearinghouse a fim de vendê-la a bom preço. A empresa chegou a ser negociada com a norte-americana TSI, com quem a carrier brasileira mantém acordo operacional, mas as gestões foram abandonadas sem chegar a uma conclusão. Os contratos de clearing da Embratel foram herdados com a privatização do sistema Telebrás.

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