Tacira planeja ao menos dez cidades inteligentes até final de 2016

Após assumir o projeto de smart city em Águas de São Pedro (SP), agora sob gestão da própria prefeitura, a fornecedora de soluções para cidade inteligente Tacira espera continuar expandindo. Além do município do projeto originalmente da Telefônica, a empresa atua já nas cidades paulistas de Itatiba, onde conta com fornecimento de Wi-Fi e analytics, e em Valinhos, onde implanta uma  solução de praça inteligente (chamada pela companhia de "smart place"), mas ainda não lançada. O objetivo é atingir mais localidades em São Paulo, além de Minas Gerais e na Região Sul. "A gente quer fechar o ano com pelo menos dez cidades inteligentes", explicou o CFO da Tacira, Bruno Musa, a este noticiário.

Por enquanto, a escolha de municípios no Sul e Sudeste é "questão de estratégia", já que há uma demanda forte nessas regiões. "A gente vê demanda crescente em projetos de integração de soluções digitais e inteligentes, até maior do que a gente estimava inicialmente", afirma Musa. Ele diz que há ainda a janela do período eleitoral em outubro, que deverá promover algumas trocas de administrações.

O CFO espera também que a recente ênfase do governo do presidente interino Michel Temer em parcerias público-privadas (PPPs) pode ajudar a impulsionar o setor com mais incentivos e segurança jurídica para prazos longos de concessões. "A gente acredita que o modelo de PPPs vai finalmente ser destravado a partir do ano que vem", diz. Em geral, ele enxerga um mercado reaquecido também pela necessidade de economias e melhora de eficiência de serviços públicos. "A gente acredita principalmente em uma primeira fase de explosão para o mercado de utilities, eficiência energética, água e luz, além de saúde. Ai você consegue atender pacientes remotos fora do hospital de maneira segura, medindo a educação para ter mecanismos para próprios alunos estarem disponíveis e conectados tanto na escola quanto em casa", explica. Para o executivo, a administração pública têm procurado a Tacira com objetivo "muito claro" de inclusão digital como motor de transformação de economia do próprio município.

Notícias relacionadas

Smartcampus

O CFO da Tacira cita recente parceria com o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), com quem está criando um campus inteligente na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG) para habilitar a rede para novos serviços que utilizem a rede como meio de transporte. A ideia é poder mostrar como operadoras e concessionárias podem aproveitar o potencial de receita acessória da Internet das Coisas. "O smartcampus está totalmente alinhado a isso, fornecer mais infraestrutura e possibilidade para a massa de alunos da Inatel poder empreender e usar como ponta de lança."

A companhia também trabalha em cima do projeto de arquitetura de rede da Inatel, o NovaGenesis, voltado à aplicações de IoT. A ideia é fornecer uma rede baseada em contexto, captando não o sensor em si, mas o serviço que presta. Entre as tecnologias utilizadas estão a de Bluetooth de baixo consumo energético (Bluetooth L.E.), ZigBee, Xbee e 6LowPAN.

Experiência

O projeto em Águas de São Pedro, diz Bruno Musa, continua firme – a Tacira atua nas áreas de educação, saúde e iluminação pública, enquanto a Huawei continua focada em segurança e a conectividade é ainda fornecida pela Vivo. O projeto de estacionamento inteligente está sendo gerido diretamente pela prefeitura, e a ISPM – companhia do mesmo Grupo Ceres, da Tacira – mantém sistemas de garantia de integração de serviços e Wi-Fi nas escolas.

A engenheira da área de projetos ambientais da Tacira, Juliana Limonta, explica que a capacitação profissional para a área de educação dá prosseguimento à parceria entre a Fundação Telefônica e o Instituto Tellus da primeira fase do projeto de smart city no município paulista. "Na segunda fase, a Tacira desenvolve as soluções de edução, que são o diário de classe, análise de frequência de aluno e conteúdo programático", declara. Essas soluções estão em desenvolvimento e deverão ser implantadas nos próximos meses, com as soluções de engajamento de comunicação e capacitação em conjunto.

A abordagem acontece em paralelo com o projeto de prontuário eletrônico e identificação biométrica na área de saúde. "Queremos quantificar corretamente os atendimentos para a população de Águas de São Pedro e das cidades vizinhas, porque isso vai otimizar e fazer com que (o atendimento) fique de forma mais eficiente", explica Bruno Musa, ressaltando que as aplicações de smart city também permitem o crescimento do índice de desenvolvimento humano (IDH) do município.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!