O maior temor dos analistas diz respeito aos riscos políticos do aprofundamento da recessão. Há consenso de que a queda da atividade no segundo trimestre representará algo equivalente a uma retração do PIB de 5% a 6%. Sem uma pauta positiva (queda efetiva de juros e medidas para o crescimento), a pressão dos setores organizados da sociedade e do Congresso tenderia a crescer. Do ponto de vista político, o dado mais inquietante do momento é a deterioração das contas do governo de São Paulo, que está aumentando de três para quatro meses o atraso médio a fornecedores. Já há quem fale em uma segunda crise dos governadores.