O atraso na publicação pelo Palácio do Planalto do decreto nomeando Pedro Jaime Ziller para o cargo de conselheiro da Anatel tem causado uma grande variedade de interpretações. Principalmente porque, pela pressa em obter a aprovação do Senado (o nome de Ziller foi aprovado há uma semana), ficava clara a prioridade com que o tema estava sendo tratado na presidência.
Uma primeira versão que corre em Brasília é de que teria havido um recuo do Planalto na intenção de nomear o novo conselheiro como presidente da agência. Um grupo de operadoras teria visitado o ministro José Dirceu, antes da sabatina de Pedro Ziller, para manifestar seu desagrado com a provável nomeação do secretário de telecomunicações para presidência da Anatel: "se a situação é ruim com o Schymura, com Pedro Ziller será bem pior", teria sido o recado desta parcela do empresariado. Há, entretanto, manifestações de empresários no sentido contrário.
Nota publicada na coluna "Radar" da revista Veja, que circulou no final de semana, afirmou que o ministro Antônio Palocci (Fazenda) teria "tranqüilizado" Schymura sobre sua permanência na presidência da agência, o que de certa forma combina com a interpretação de manifestações "pró-Schymura" de parcelas do empresariado.
Sucessão na Anatel