Empresas planejam lançamentos de MVNOs

A Movttel, empresa que gere várias operadoras móveis virtuais (MVNOs, na sigla em inglês), vai lançar em junho uma operadora para clubes de futebol. De acordo com a CEO da empresa, Aline Storchi, sete clubes da Série A estão negociando propostas para lançarem MVNOs com a Movttel. Os nomes ainda não podem ser revelados. Storchi explicou que haverá ações em estádios com vendas de chips, além de patrocínio em camisas de times e em placas nos estádios.

A Movttel é conhecida pelas suas operadoras virtuais de cunho evangélico, a saber: Mais AD, Mais AD SA e Mais Parceiros de Deus. Storchi espera que a Movttel chegue a 1 milhão de usuários até o final de 2018 .

Também a operadora móvel virtual Veek revelou que seu lançamento comercial deve acontecer dentro de dois meses. A empresa, que estava em fase pré-operacional desde janeiro, espera iniciar sua operação oficialmente entre junho e julho. Com mais de 30 mil pessoas pré-inscritas em seu site, a nova operadora foca no público jovem e dará ao consumidor controle de sua conta de telefônica através de app do celular, podendo fazer a recarga direto na tela. "Não vamos vender SVA, as pessoas buscam isso na Internet. Nosso plano é 100% digital. Vai ter uma tarifa só para dados e voz. Tudo será no app, sem loja física", disse Alberto Blanco, sócio-fundador da operadora. Blanco revelou que o aplicativo beta do projeto será lançado na próxima quarta-feira, 17. E confirmou que está analisando a possibilidade de parcerias com fabricantes de handsets. As empresas participaram nesta segunda-feira, 15, do Tela Viva Móvel, em São Paulo, organizado pelo site Mobile Time.

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Durante o debate, barreiras regulatórias, técnicas e de negócios foram apontadas como razões para dificuldades em vários  projetos. A recessão econômica vivida no Brasil tampouco ajuda. Mesmo assim, algumas iniciativas começam a sair do papel, como a operadora móvel virtual dos Correios e a Veek.

"O mercado de telecom no Brasil está saturado e passou por uma mudança no comportamento: antes o consumidor tinha 3 a 4 chips", comentou Aline Storchi, CEO da Movttel. No entanto, justamente por ter uma estrutura mais enxuta em momento de crise, os executivos acreditam que será mais fácil chegar ao cliente, pois terão oportunidades de ofertar produtos e planos com mais assertividade, explicou Tiago Galli, gerente geral do Porto Seguro Conecta. "De maneira geral, a base pequena ajuda a gerenciar as ofertas com mais facilidade. É muito mais fácil eu me comunicar com minha base de 500 mil assinantes do que uma operadora que tem 70 milhões", disse o executivo. A Porto Seguro Conecta tem como foco cliente pós-pago de seus seguros. "Além disso, o investimento de rede feito pelas MVNOs é muito pequeno perto das operadoras grandes", acrescentou.

Base

Por sua vez, Davi Fraga, CMO da Surf Telecom, aposta que verticais diversas podem se interessar em ter uma MVNO. Basta que tenham um bom relacionamento com uma extensa base de clientes. Isso vale para varejistas, bancos, empresas de mídia, entidades religiosas etc. A Surf Telecom se posicona como uma agregadora de MVNOs, ou uma MVNA, como chama o executivo.

Atualmente a base das operadoras virtuais no Brasil está próxima dos 600 mil assinantes. O Brasil fechou o mês de janeiro com 243,8 milhões de linha móveis. Para Storchi, se as as MVNOs um dia conquistarem 5% do mercado brasileiro total, será um feito a ser comemorado.

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