Telecom Italia e Telmex aparecem entre candidatos à AT&T Latin America

A Telecom Italia e a Telmex também estariam interessados em adquirir a AT&T Latin America. Fontes bem situadas em relação ao leilão dão como certa a presença do grupo italiano entre os novos concorrentes ao leilão, com a intenção de fortalecer sua presença na América Latina. A empresa limitou-se a dizer que não iria comentar o assunto. Já os mexicanos, segundo especulações nos bastidores da disputa, teriam como interesse principal barrar o avanço na região da Embratel, subsididária da MCI (sua grande rival no México, com a Avantel), que também participa do leilão. O grupo não confirmou a informação. A única nova concorrente ao controle da ATTL com presença confirmada no leilão é a Impsat.
O tribunal de Falências Norte-Americano para o Distrito do Sul da Flórida (U.S. Bankruptcy Court) estabeleceu para o próximo dia 20 o leilão para a compra da empresa, com a previsão de que o juiz finalmente bata o martelo no dia 24, após o prazo para recursos dos concorrentes. Além da Embratel, permanecem no páreo a Telefónica Data em parceria com o grupo chileno GTD Teleductos, a GVT junto com a também chilena Chilesa, e a Atrium com a Comsat. O lance mínimo neste leilão deverá partir da oferta já feita pela Embratel, de pouco mais de US$ 100 milhões.

Telmex sem dinheiro

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Por outro lado, a situação financeira da Telmex pode não estar tão confortável como se imagina no mercado. A empresa anunciou recompra antecipada de dívidas, o que esfria momentaneamente as especulações sobre uma compra expressiva de ações da Telemar ou qualquer outra, como a AT&T LA, pelo grupo mexicano liderado por Carlos Slim Hue.
A Telmex, maior empresa de telefonia fixa do México, anunciou uma oferta pública para recomprar 50% de uma emissão de obrigações conversíveis de US$ 1 bilhão, com vencimento em 15 de julho de 2004. Mostrou, portanto, muita vontade de liquidar a dívida, pois paga 11,7% além do valor nominal dos títulos para quem aceitar. Com isso, gasta US$ 559 milhões de suas disponibilidades de caixa de US$ 775 milhões registradas em final de junho, ficando assim com pouco dinheiro para fazer aquisições. Ficariam assim adiadas as pretensões na Venezuela, Argentina e Brasil, bastante questionadas recentemente pelo mercado nos últimos meses.
O mais provável, portanto, é a sua participação da Telemar, no curto prazo, resuma-se ao equivalente a 28% das ações da BCP.

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