Associação das operadoras de MMDS também é contra adiar leilão da faixa de 2,5 GHz

Não é só a Claro que é contra o adiamento do leilão da faixa de 2,5 GHz previsto para fevereiro de 2012. A Neotec, associação que representa os operadores de MMDS, também é totalmente contrária ao adiamento. "Quando a Anatel discutiu a destinação da faixa de 2,5 GHz, nós alertávamos que não havia a pressão de tempo que os operadores de SMP colocavam, e mesmo assim a Anatel decidiu mudar as regras e tirar 140 MHz dos operadores de MMDS. Voltar atrás agora é ruim para todo mundo", afirma Carlos André Lins de Albuquerque, diretor executivo da Neotec. Ele questiona ainda se o discurso adotado em 2010 pelas teles era apenas para conseguir uma reserva de mercado. "Perdeu-se a chance de desenvolver outros operadores de banda larga na faixa de 2,5 GHz".

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As empresas de MMDS precisam agora desse leilão para que sejam compensadas pela desocupação da faixa, conforme prevê a regulamentação, e possam voltar a se planejar, diz Carlos André. No ano passado, a Anatel editou a Resolução 544/2010, que definiu a ocupação da faixa de 2,5 GHz e abriu a possibilidade do leilão de 4G. Este ano, decreto presidencial que estabeleceu o PGMU III definiu abril de 2012 para data limite do leilão da faixa, uma vez que o governo considera estratégico garantir que o País tenha redes de 4G nas principais cidades até a Copa do Mundo. O edital da faixa de 2,5 GHz,  adiantado por este noticiário, está no conselho diretor e segundo declarou esta semana o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, deve ser votado nas próximas sessões. Mas, segundo apurou este noticiário, ainda não houve ainda o sorteio do relator, o que só deve acontecer na próxima semana.

Para os operadores de MMDS, o leilão da faixa de 2,5 GHz será a chance de ter uma compensação pela desocupação do espectro, já que o edital prevê que as empresas venecedoras recompensarão as atuais ocupantes do espectro com base nos investimentos feitos e no número de clientes na faixa.

Fontes da Anatel ouvidas por este noticiário também estão espantadas com o discurso de algumas teles, especialmente a TIM e a Oi, em relação a um eventual adiamento. "Parece que as operadoras se descoordenaram um pouco no discurso, já que elas mesmas diziam no ano passado que ia faltar espectro já em 2012", diz a fonte.

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