O juiz Lewis Kaplan, da Justiça de Nova York voltou a reafirmar sua posição de proibir expressamente qualquer venda de participação do Opportunity à Telecom Italia. Kaplan conduz o processo movido pelo Citibank contra o Opportunity e Daniel Dantas por quebra de dever fiduciário na gestão dos recursos do banco norte-americano no fundo CVC LP, acionista da Brasil Telecom e das empresas Telemig e Amazônia Celular, entre outras. Na semana passada, o grupo de Daniel Dantas havia pedido para que a liminar com a proibição fosse modificada para que o Opportunity pudesse vender suas próprias ações na empresa Zain Participações S/A. Dantas tem um acordo de venda de suas ações para a Telecom Italia mas não pode levar a transação adiante por ordem da justiça.
Lewis Kaplan foi categórico ao negar o pedido. Ele disse que mais uma vez não se impressionou com os apelos do Opportunity, lembrando que o grupo de Daniel Dantas continua resistindo em entregar o comando das empresas, e diz que enquanto mantiver essa posição, não considera apropriado permitir qualquer negociação, mesmo que a Anatel já tenha se manifestado dizendo que há tempo para que se desfaçam as sobreposições de licença entre Brasil Telecom e TIM.
Kaplan diz que o Opportunity precisa continuar cerceado até que não tenha mais nenhum risco de ferir os direitos fiduciários do Citibank, e diz estar convencido de que o Opportunity fez o pedido de modificação da liminar de "má fé". Pondera que os acordos firmados por Dantas são claros e compara o ato do Opportunity de dizer que não tinha a intenção de prejudicar os interesses do Citibank com a situação de uma criança que é pega tentando pegar biscoitos de um pote sem permissão. O Citibank pede indenização de pelo menos US$ 300 milhões ao Opportunity, alegando quebra de dever fiduciário, gestão temerária, fraude entre uma série de outras acusações.
Conflito entre sócios