A operação da Pantech não vai bem no Brasil. Diversas fontes do mercado informam que a empresa estaria prestes a fechar as portas e já não está mais vendendo telefones celulares no atacado por aqui. TELETIME News ligou para o telefone geral da companhia em São Paulo e foi informado que já não há mais ninguém da área de marketing da Pantech trabalhando no País. O até então porta-voz da companhia, Bruno Lee, que ocupava o cargo de diretor de marketing e vendas da Pantech, não foi encontrado e, segundo informações colhidas no setor, também teria deixado a companhia. Outro mal sinal: a Pantech está há três meses sem assessoria de imprensa no Brasil. A área de pós-venda continua funcionando, mas em julho deve ser transferida para uma assistência técnica terceirizada. No site brasileiro da empresa não há qualquer notícia sobre a atual situação da Pantech.
As razões para a crise não são claras. Algumas fontes do mercado atribuem a problemas financeiros do acionista controlador na Coréia. TELETIME News enviou na tarde desta sexta-feira, 15, e-mail para a assessoria de imprensa da Pantech na Coréia, através do site internacional do grupo, e aguarda explicações sobre o que acontece com a empresa aqui.
Planos frustrados
A Pantech começou a comercializar celulares no Brasil em 2005, com fabricação terceirizada na Celéstica, em São Paulo. Pelo menos dez modelos foram lançados no País, divididos entre GSM e CDMA. No fim do ano passado, a empresa tinha planos de expandir a atuação no País e falava em adequar sua estrutura de vendas para distribuir celulares diretamente às redes varejistas. De acordo com uma entrevista concedida por Lee no fim de 2006 à TELETIME News, a Pantech chegou a deter 4,6% do mercado brasileiro de handsets e pretendia focalizar sua atenção especialmente em celulares de gama média.