Aplicativos embarcados: tendência para handsets e SIM cards

Mais do que os handsets em si, o grande destaque dos fabricantes de aparelhos celulares nesta edição do 3GSM World Congress, que aconteceu esta semana em Barcelona, foram os aplicativos pré-instalados ou instaláveis nos aparelhos. Mais do que simples serviços de valor adicionado, esses aplicativos passaram a ser parte do pacote de diferenciação entre um aparelho e outro. Por exemplo, aparelhos com capacidade de processar serviços de instant messaging e e-mail, ou aparelhos que podem se conectar a redes Wi-Fi e realizar chamadas em de voz sobre IP.
Outro destaque são os SIM cards com uma considerável quantidade de aplicativos e ferramentas instaladas, além de capacidade de customização. ?O SIM card é o elemento em que precisam estar os dados críticos do usuário, os elementos de segurança e as informações pessoais?, diz Eric Claudel, presidente para a América Latina da Gemalto, fabricante de SIM cards e desenvolvedora de aplicativos que rodam nos chips.
?A questão é que os conteúdos com restrições de cópia ou controle de propriedade intelectual (DRM), não podem ser passados de um celular por outro. Mas isso pode ser feito pelo SIM card?.

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Originalmente, os chips serviam para armazenar apenas os dados da linha do usuário, o código de acesso e no máximo a agenda telefônica. A geração seguinte de SIM cards passou a armazenar algumas aplicaçõpes seguras e alguns serviços das operadoras, como m-banking. ?A próxima geração de SIM cards terá capacidade de 1 Gb e permitirá a execução de tarefas como se fosse um servidor, não só armazenando como também processando os dados?, explica Claudel.
Estes SIM cards de 1 Gb devem começar a chegar ao mercado no final deste ano e permitem não só o armazenamento de muitas informações e conteúdos pessoais, como uma grande quantidade de aplicativos. A vantagem é que os dados (ringtones, vídeos, softwares) podem ser passados de um aparelho ao outro sem que precisem ser comprados novamente ë com segurança que os chips de memória convencionais não oferecem?. Claudel espera também que o SIM card seja usado como plataforma para aplicativos de governo eletrônico, por conta da forma segura como os dados são armazenados.
O fator a se considerar em relação a essa aparente tendência de ampliação dos aplicativos e conteúdos embarcados, seja no celular, seja no SIM card, é que quanto mais coisa puder ser armazenada, menos será necessário usar a rede móvel para adquiri-la.

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