Demanda por TV por assinatura continua em alta, diz Daniel Barros

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A demanda por TV por assinatura está tão grande quanto estava há dois ou três anos, antes do início da estagnação no crescimento da base do serviço. O que segura o crescimento do setor é a "falta de bolso". A constatação é de Daniel Barros, CEO da área residencial do grupo Claro. Em encontro com jornalistas nesta quinta, 14, o executivo afirmou que poderia seguir ampliando a base se não aplicasse nenhum filtro nos esforços de divulgação e venda, mas esse aumento não se sustentaria no média prazo. "Temos que aplicar um filtro em razão 'do bolso' do cliente e da inadimplência", explica o executivo, lembrando que o custo de venda e instalação por assinante é alto e só se paga em longo prazo. Segundo ele, aqueles que entraram na base do serviço após a grande movimentação de classes que houve no Brasil, mas que não tiveram fôlego para manter os pagamentos após o agravamento da crise financeira dos últimos dois anos.

Ainda assim, o grupo vem conseguindo manter a base, ou perder pouco, e ainda crescer em market share ao perder menos assinantes que os concorrentes. Para Barros, isso se explica pela rede da Net, de cabe e que cobre um região mais nobre. Essa rede não é tão afetada quanto as redes das operadoras de DTH, incluindo a Claro, que cobrem áreas mais carentes de infraestrutura.

Para o próximo ano, a expectativa é ter um crescimento, ainda que tímido, do serviço, impulsionado pela Copa do Mundo. O evento esportivo é um importante catalisador de venda de novos pacotes, bem como de upgrades nas assinaturas. "Se a economia voltar a crescer, podemos ter um crescimento mais expressivo", diz o executivo. Daniel Barros deixa no ar a possibilidade de expansão da rede, dizendo que não vai abrir a estratégia antes de fazer.

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Para segurar o churn, a operadora vem investindo pesadamente no lançamento de canais em alta definição, que já são 95 no line-up da operadora. "O ritmo de lançamentos é tão avançado que temos dificuldade em comunicar a chegada dos novos canais", diz o CEO da Net.

Na banda larga fixa, garante Barros, a base segue em franco crescimento. Foram mais de 290 mil novos assinantes nos 10 primeiros meses do ano.

Sob demanda e IP

Esta ano a operadora investiu e novos serviços digitais, como o Replay TV, disponível para a base Top HD de São Paulo, que permite navegar para trás na grade de programação dos canais e fazer o cath up de conteúdos até sete dias após a exibição. Segundo Barros, o Now já contabiliza mais de 1 bilhão de streams, sendo que 95% é de conteúdo incluso nos pacotes dos assinantes. O acervo do Now já conta com mais de 30 mil títulos.

Outra novidade lançada este ano foi o "download to go", que permite baixar conteúdos do Now nos aplicativos dos dispositivos móveis para assistir offline.

Este ano foi liberado o acesso para os clientes da base HD da Claro HDTV diretamente pela TV – inicialmente na região de Campinas- e para a base pós paga por meio do aplicativo Now.

A Net já está com alguns testes fechados de uma nova plataforma de distribuição de conteúdo por IP, e isso deve ser ampliado, já em janeiro, para uma base comercial de cerca de 10 mil usuários. A ideia é dar uma experiência verdadeiramente multiplataforma, em que tododo conteúdo da TV paga esteja disponível em tempo real em dispositivos móveis, de maneira integrada (o conteúdo pode começar a ser assistivo em uma plataforma e depois continuar a assistir em outra), com uma nova ferramenta de busca e interface. (Colaborou Samuel Possebon)

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