Telefônica foca em classe C e diz que parceria permitirá pleno atendimento da banda larga

A primeira rodada de apresentações da Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo, teve um tema em comum a todos os presidentes de empresas: a necessidade de parcerias para viabilizar uma ampliação efetiva da banda larga no Brasil. O primeiro pronunciamento ficou a cargo do presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, que logo de início deu o tom das palestras que se sucederiam. Valente rejeitou as comparações do Brasil com outros países, destacando as especificidades nacionais, especialmente de São Paulo, que é sua área de atuação como concessionária.
Classificando, ilustrativamente, o estado paulista com uma nação, Valente focou-se nas especificidades da quarta maior metrópole da América Latina e as dificuldades de atendimento de uma cidade com realidades econômicas bastante distintas dentro da mesma área geográfica. Valente expôs casos de ausência de cobertura de banda larga para explicar os "desafios" que a empresa enfrenta, e disse que até meados de 2010 todas as 622 cidades do estado atendidas pela Telefônica estarão cobertas por serviços de banda larga.
Em relação ao atendimento de comunidades de menor por aquisitivo, na visão do presidente da Telefônica, a saída é estabelecer parcerias entre governo e empresas, tal qual ocorreu no fim de 2007 com a troca de metas de universalização que possibilitou a criação do programa Banda Larga nas Escolas. "Programas como esse tem mostrado que há uma preocupação não só do governo, mas também das empresas, com a expansão da banda larga�, analisou. Com ou sem parceria, Valente disse que a Telefônica pretende cobrir 97% da população de São Paulo com serviços de banda larga até março de 2010. Para atender à população de baixa renda, a telefônica planeja usar redes Wi-Mesh e terá uma ofgerta pré-paga de banda larga.

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WiMAX
Em sua apresentação, Valente também aproveitou para reiterar o interesse da companhia de investir na tecnologia WiMAX. Com a compra da TVA, o grupo possui licenças de operação em MMDS nas cidades de Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, além de São Paulo, mas a oferta de serviços convergentes, incluindo internet via WiMAX, tem sido limitada pela regulação. �Há uma discussão ainda sobre as radiofreqüências (2,5 GHz), homologação e certificação de equipamentos. No momento em que essa discussão for resolvida, nós estaremos prontos para oferecer o serviço�, declarou Valente referindo-se à banda larga via WiMAX.
No ramo da oferta de ADSL, a venda do Speedy tem apresentado forte crescimento desde que a Anatel derrubou a proibição de comercialização do serviço, no fim de agosto. Segundo Valente, entre os dias 28 de agosto (dada da retomada das vendas) e 13 de outubro, a Telefônica registrou 111 mil vendas do serviço de Internet banda larga, o que gera uma média de 2,3 mil pontos comercializados por mês. Para o executivo, os números são uma prova da crescente demanda por banda larga no Brasil. Segundo Valente, 80% dessas vendas são de clientes classe C.
Valente também explicou que por conta de todas as dificuldades de venda do Speedy decorrentes das restrições da Anatel, a operadora teve que suspender a venda em bundle, ou seja, pacotes de TV, banda larga e dados, mas que isso será retomado. "Por enquanto, ainda estamos focados na melhoria dos nossos índices de qualidade, que hoje já estão similares ao da nossa concorrência", disse Valente. Ele disse que a meta da operadora é ter um índice de reclamações equivalente a um quarto do índice da Net Serviços.

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