Vivo quer manter serviços da rede CDMA no GSM

A Vivo pretende manter, dentro do que for possível, as mesmas aplicações e serviços de valor adicionado que oferece hoje em sua rede CDMA na nova rede GSM que entra em operação neste mês. Segundo Roberto Oliveira, presidente da operadora, e um dos palestrantes do evento 3GSM World Congress, que acontece esta semana em Barcelona, a empresa não pretende deixar de oferecer nenhum dos serviços hoje disponíveis em sua rede CDMA, mesmo os das redes EV-DO, que têm maior capacidade de transmissão de dados. Segundo Oliveira, os mesmos serviços terão que estar disponíveis nas duas plataformas, no que for possível. Segundo Javier Rodriguez, CTO da operadora, a rede GSM, que já chega a 82% da população nas áreas de concessão da Vivo e logo chegará no mesmo patamar da rede CDMA (91% de cobertura), é totalmente EDGE. ?Haverá alguma diferença em função das velocidades, mas os serviços serão os mesmos. Esse foi, aliás, um dos nossos maiores desafios na migração?, diz Rodriguez.
A rede CDMA segue recebendo alguns investimentos, e terá a sua plataforma CDMA/EV-DO expandida para Santos e Rio Grande este ano. Sobre investimentos em uma plataforma 3G para GSM, Oliveira não dá detalhes e diz que isso seguirá a necessidade do mercado.
A operadora, explica Oliveira, não estimulará a migração dos usuártios, para que aconteça conforme as necesidades de cada cliente. Também não pretende ampliar a política de subsídios em função de handsets mais baratos, pois entende que essa estratégia prejudica os resultados financeiros. ?A rede GSM foi adotada pensando na questão do custo dos handsets para o segmento low-end e na necessidade de roaming nacional e internacional para o segmento de maior poder aquisitivo. Mas quem quiser permancer no CDMA, seja pelos serviços, seja pela tecnologia, não tem razão para mudar?. Ele reconhece que a oferta de handsets CDMA deve mudar, tornando-se mais escassa. ?Mas não vamos fazer marketing de tecnologia. Talvez digamos que temos as duas melhores. Mas o foco não será sobre as siglas?.

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Os clientes da Vivo terão portabilidade numérica entre as duas tecnologias, tanto no serviço pré-pago, já disponível comercialmente, quanto no pós-pago, que começa em março. A Vivo também diz que está descontinuando sua rede TDMA e analógica, na medida do que for permitido do ponto de vista regulatório. ?Implementar uma rede GSM deste tamanho em quatro meses foi um feito inédito no mundo?, comemora Oliveira.

Mercado

A operadora não esconde uma preocupação com os movimentos de consolidação que estão acontecendo na América Latina e no mundo. ?É importante ter uma Vivo forte para enfrentar o que está acontecendo por ai?, disse Oliveira, ao comentar sobre a disputa entre operadoras em relação ao leilão das faixas de 1,9 GHz (que a Vivo quer ver licitadas logo e outros operadores, como a TIM, querem ver licitadas em conjunto com as licenças para 3G). ?Entendo a estratégia dos meus concorrentes, mas a Anatel tem feito um ótimo trabalho em fomentar a competição e não é justo que a Vivo seja limitada pelo uso do quadro regulatório. Não existe quebra de regras no que estamos pedindo e tenho certeza de que este ano esse problema se resolve?, diz Oliveira.
Ao ser questionado sobre o que estaria ?por aí? que tanto preocupa a Vivo, o executivo foi explícito ao falar em fusões e incorporações.

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