Vivo faz balanço de serviços 3G

A Vivo mantém sua estimativa de chegar ao final do ano com mais de 100 mil celulares capazes de receber conteúdos multimídia por meio do serviço Vivo Play 3G. A operadora tem hoje 75 mil aparelhos recebendo o serviço, dos quais apenas 15 mil com plena capacidade de aproveitar os recursos oferecidos pela rede 1xEV-DO, de alta performance. Segundo Luiz Avelar, vice-presidente de marketing e desenvolvimento da operadora, que participou nesta terça, 13, do encontro 3G CDMA Americas, em Miami, hoje 28% dos acessos ao serviço 3G são para serviços de TV ao vivo (onde o único canal disponível é o BandNews e, em breve, o BandSports). Outros 24% se referem ao serviço de download, dos quais 67% são para MP3, 15% para séries e 18% para outros tipos.
Dos acessos aos serviços 3G, 48% são referentes ao serviço de streaming de conteúdos sob-demanda. Nessa fatia, o campeão de preferência, até aqui, são os conteúdos adultos (41%), seguido de cartoons (14%), trailers de filmes (11%), pegadinhas (11%), videoclipes (7%), gols da rodada (5%) e outros (11%). Esses percentuais devem mudar, diz Avelar, quando a TV Globo começar a fornecer mais material, além dos gols da rodada. "Serão mais seis ou sete pacotes de conteúdos derivados de novelas, entrevistas e outros. Isso deve reduzir o peso dos conteúdos adultos nos downloads", explica, sem dar detalhes. Esses novos conteúdos podem entrar em um mês, acredita.
Avelar não aposta, particularmente, em live TV pelo celular. "Acho que não é o ambiente adequado. Aposto muito, isso sim, em conteúdos sob demanda, assistidos via streaming mas que não são ao vivo".

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Avelar explica que a Vivo planeja expandir a oferta de conteúdos de TV tanto para transmissão ao vivo quanto para streaming. Existem conversas com a Qualcomm nesse sentido para a adoção da tecnologia MediaFLO, mas ainda não há perspectivas de fechamento. "Seria uma das formas de aumentarmos nossa oferta de conteúdos audiovisuais, mas podemos fazer isso pela nossa rede EV-DO hoje", explica. Ele diz que buscará parcerias com programadores de TV por assinatura, mas não deve ter os canais abertos. "Não faz sentido e eles não querem oferecer isso por preço razoável, então não teremos".

Números pelo 3G

Avelar abre alguns números da Vivo para justificar porque a terceira geração não é algo distante da realidade brasileira. Segundo sua apresentação, os serviços WAP têm 2 milhões de usuários, os serviços de TV no celular têm 15 mil acessos por mês, são 200 mil truetones baixados até hoje, 100 mil acessos por mês do serviço de localização, mais de 1 milhão de mensagens multimídia por mês, 2 milhões de download de vídeo acumulados.
Luiz Avelar foi duro em sua apresentação para o mercado norte-americano. "O problema não são os argumentos colocados pelos operadores de GSM para segurar a terceira geração. O problema é a falta de coragem de abrir a licitação. Nós precisamos dessas faixas". Avelar coloca a possibilidade de a Vivo seguir em três faixas para ampliar sua cobertura 3G. "Podemos ir na faixa de 850 MHz, 1,9 GHz ou na faixa de 1,9 GHz a 2,1 GHz. Tudo depende da Anatel. Em outros países, 3G não é uma licença, mas um serviço, e isso não acontece na realidade da Vivo".
Perguntado por esse noticiário se a Vivo não estaria apostando demais na terceira geração como forma de aumentar as receitas, Avelar reconheceu que o País tem uma massa de usuários que provavelmente não desfrutará tão cedo da tecnologia 3G. "Estamos de fato vendendo para a ponta do iceberg, mas essa ponta não é pequena e pode ajudar a levantar nossa receita média".
Greg Young, da Tata Telecommunications, operadora indiana, também comentou a realidade de mercado de países emergentes e lembrou que na Índia, onde se espera um crescimento de mais 200 milhões de clientes nos próximos anos, a maior parte estará longe de serviços avançados. "Hoje, a receita média na Índia é de menos de US$ 9 e a maior parte das pessoas que entra não tem nenhuma familiaridade com tecnologia, e certamente não vai usar serviços 3G. Então, não podemos deixar de pensar em celulares mais baratos. Hoje, 67% do que vendemos já é composto de celulares de menos de US$ 60".

Seminário

As revistas TELETIME e TELA VIVA realizam, nos dias 28 e 29 de setembro, a quarta edição do Tela Viva Móvel, o principal evento voltado a conteúdos convergentes em redes celular. Nessa edição, o foco serão os conteúdos audiovisuais em plataformas móveis, com destaque para a presença da Vivo, Claro e outros operadores. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo site www.convergeeventos.com.br.

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