A Qualcomm está apostando algumas fichas no desenvolvimento de chips para celulares de baixo custo mas com capacidade para serviços que até então só eram acessíveis em plataformas mais robustas.
A novidade será o chip 6125, que promete trazer alguns serviços multimídia a aparelhos básicos. Outra grande aposta da fabricante norte-americana é no chip 6300, que permite a um handset CDMA ter acesso a uma rede GSM. Esse chip deve estar disponível aos fabricantes que comercializam aparelhos no Brasil em breve.
Estratégia
Segundo Luiz Avelar, vice-presidente de desenvolvimento da Vivo, a operadora realmente tem interesse em ter roaming com redes GSM, sobretudo para resolver o problema dos viajantes que vão à Europa. "São poucos, mas que têm muito dinheiro". Ele detalha: hoje, 2% dos clientes Vivo vão ao exterior. Destes, 70% vão aos EUA, onde o roaming não é um problema. Outros 15% vão à Argentina e o restante aos outros países, como os europeus, onde não há rede CDMA.
Ele confirma que está negociando a adoção do chip híbrido CDMA/GSM, e reconhece que a tecnologia poderia resolver o problema de cobertura da Vivo em Minas Gerais. "Mas esse não é um problema tão grande nem esse chip é a única solução. Ainda apostamos no uso da faixa de 1,9 GHz", diz, lembrando que a licitação das faixas só depende da Anatel.