Reestruturação da Oi pode acontecer sem envolver Brasil Telecom

Cresce a hipótese de que as reestruturações envolvendo Brasil Telecom e Oi saiam apenas parcialmente. Segundo apurou este noticiário junto a duas fontes próximas às negociações (cada uma de um lado das conversas), pode acontecer de em um primeiro momento apenas a reestruturação societária da Oi ser feita, dando alternativa àqueles acionistas que querem sair do negócio. Essa operação seria, inclusive, apoiada financeiramente pelo BNDES, por meio de debêntures conversíveis e outras formas de renda variável, o que seria convertido em participação ou não em um prazo de 8 a 10 anos, caso o negócio seja bom.
A outra operação, que deveria acontecer de forma simultânea, e que envolve a compra do controle da Brasil Telecom, ficaria para depois, ou até seria descartada.
Hoje, os acionistas que desejam sair da Oi são GP, Banco do Brasil e Citibank. Os que desejam permanecer, inclusive ampliando suas participações, são BNDES, Andrade Gutierrez e La Fonte (do empresário Carlos Jereissati). Apenas esta reestruturação já teria grande valor para empresa, diz uma fonte.

Notícias relacionadas

O problema

Já a situação dos fundos de pensão, acionistas da Telemar e da Brasil Telecom, é mais complexa, porque eles dependeriam da venda do controle da BrT para ampliarem sua participação na Oi.
Esta operação, contudo, está bem mais complicada, pois existe uma determinação de que a compra do controle da BrT pela Oi só aconteça sem o Opportunity dentro e de forma blindada contra qualquer ação futura de Daniel Dantas. Como o diálogo com o Opportunity tem sido feito pelos fundos e pelo Citibank e até agora não se chegou a um acerto que dê essa garantia, a fusão com a Brasil Telecom pode ficar para um segundo momento, dizem os interlocutores, ou a Brasil Telecom pode seguir um outro caminho que não envolva a Telemar. Vale lembrar que Daniel Dantas também tem uma parte importante das ações da Oi.

Mudança de rumos

Este noticiário já havia publicado, em janeiro, que a chance de a fusão sair era a mesma de não sair, segundo um presidente de um dos fundos de pensão envolvidos. Seriam muitas variáveis complicadas para serem acertadas, e a principal delas era Daniel Dantas. Na ocasião, a fusão era dada como certa na imprensa, e o nome Opportunity sequer aparecia nas reportagens. Ontem, este noticiário informou que o BNDES já cogita a hipótese de esperar a reestruturação do marco legal para só então anunciar qualquer coisa, o que indica também que está sendo buscado um tempo adicional para as negociações.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!