EUA priorizam 5G para assegurar liderança na economia digital

A quinta geração de serviços móveis (5G) ainda pode não ter se tornado uma realidade comercial, já que as primeiras redes e operações só começam a ser implementadas no final deste ano, com perspectiva de lançamentos de mercado mais efetivas a partir de 2019. Mas um movimento que nunca havia sido visto em nenhum dos ciclos tecnológicos pode ser claramente constatado no Mobile World Congress Americas, que acontece esta semana em Los Angeles: um engajamento de todo o ecossistema de vários setores econômicos que vão se beneficiar em maior ou menor escala desta nova mudança geracional da indústria de telecomunicações. Não apenas as empresas teles tradicionais presentes ao evento, mas também empresas do setor financeiro, indústria automobilística, mídia, internet e incubadoras de tecnologia estão, ativamente, falando de 5G e de que maneiras suas respectivas áreas serão alteradas neste novo ambiente.

O Mobile World Congress Americas reproduz, em menor escala, e com foco sobretudo no mercado norte-americano, aquilo que acontece no MWC em Barcelona. Mas o foco nos EUA, sobretudo em Los Angeles (principal centro mundial da indústria de entretenimento e mídia, mas também próxima ao Vale do Silício, onde a maior parte das empresas de Internet está), permite ver um outro componente importante: existe uma correlação entre a evolução do mercado de banda larga móvel (especificamente 4G) e o desenvolvimento de toda a economia digital que se criou nos EUA e que hoje concentra as maiores empresas do mundo.  Quem fez a relação foi Marcelo Claure, executive chairman da Sprint e CEO da SoftBank International. "Perdemos (os EUA) o trem do 3G, recuperamos espaço com 4G e sabemos que a economia digital está baseada na nossa infraestrutura, e isso contribuiu para a liderança para as empresas digitais. É por isso precisamos acordar e não perder a nossa liderança em 5G".

A mensagem foi repetida por Meredith Baker, presidente da associação norte-americana de operadoras móveis, a CTIA, que também foi enfática ao afirmar que a indústria de banda larga móvel passa por um processo de transição e que o sucesso da economia digital depende do sucesso do desenvolvimento da infraestrutura e dos serviços 5G. "Existem muitas inovações que estão apenas esperando a rede estar disponível para chegarem ao consumidor. E no nosso caso, queremos ter mais de 50 cidades com 5G já no próximo ano", disse Baker, referindo-se ao mercado doméstico de 5G..

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Para o chairman da GSMA e também presidente da operadora Bharti Airtel (da Índia), Sunil Bharti Mittal, a tecnologia de 4G permitiu ao setor de telecom, pela primeira vez, uma rede totalmente global, e com 5G haverá uma nova dinâmica. "Estamos todos animados com as possibilidades de novos negócios. Como financiaremos e como construiremos é outra coisa, mas o mundo deve abraçar o 5G o quanto antes", disse. Para ele, essa nova realidade possibilitará a diferenciação de produtos, "não acelerando ou degradando o tráfego, mas customizando a conexão para o que o usuário de fato precisa". Segundo Sunil Mittal, a 5G abrirá uma nova era. "Já vimos muitas mudanças, mas nada comparado com o que estamos vivenciando hoje. Os ciclos de inovação estão se encurtando. É uma mudança importante para nós, mas muito mais importante para as gerações futuras".

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