Interoperabilidade total de MMS entra em funcionamento

O envio de mensagens multimídia (MMS) entre usuários de operadoras diferentes já está em funcionamento no Brasil há dois meses. A interoperabilidade está valendo para todas as companhias de telefonia celular com exceção da Sercomtel, que deve aderir no fim deste mês. O trabalho de intermediação do tráfego entre operadoras é feito pela VeriSign.
O Brasil é o segundo país do mundo a implementar a interoperabilidade em MMS, tendo perdido por poucas semanas para o Canadá. Vale lembrar que no Canadá são apenas três operadoras interconectadas, enquanto no Brasil são oito ? e de tecnologias diferentes.
A novidade ainda não foi comunicada aos consumidores porque faltam alguns ajustes no sistema. Mesmo assim, a Vivo, por exemplo, verificou um aumento de 50% no tráfego MMS em agosto. A expectativa das companhias é de que a interoperabilidade seja responsável, em média, por um aumento de 40% no volume de mensagens multimídia enviadas por seus clientes. O anúncio para o mercado de massa deve ser feito dentro de poucas semanas, tão logo os últimos detalhes nos contratos com a VeriSign sejam resolvidos.

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VeriSign

Ao contrário do SMS, no qual a interoperabilidade é feita diretamente entre as operadoras, no MMS as empresas optaram por formar um consórcio e escolher em consenso um único integrador. As primeiras reuniões aconteceram em maio e junho de 2004. Foi aberta uma RFP, da qual VeriSign e Mobile 365 saíram finalistas. Ambas passaram por uma bateria de testes entre novembro do ano passado e junho último, até a escolha definitiva da VeriSign.
A contratação de um integrador único poupa tempo e dinheiro das operadoras. Além disso, evita que uma operadora revele aos concorrentes os modelos de celular que irá lançar em breve, pois a interoperabilidade em MMS demanda muitas adaptações e testes para que a mensagem enviada por um aparelho seja recebida por todos os outros modelos. ?Fica a cargo do integrador a realização dos testes com novos modelos e isso assegura o sigilo dos lançamentos?, explicou Marcos Mouran, gerente de messaging e interoperabilidade em MMS da Vivo. A VeriSign receberá um valor fixo por cada MMS trafegado entre redes de operadoras distintas. Esse valor não foi revelado.

Adaptações

As adaptações feitas às mensagens multimídia para permitir a interoperabilidade são muitas, pois os padrões dos arquivos variam de acordo com o fabricante do celular. Em alguns casos, é necessária uma perda de qualidade na foto, dependendo do celular que a recebe.
Foi determinado pelo consórcio das operadoras um limite de 300 Kb para o tamanho das fotos trafegadas entre as redes. Esse limite pode ser aumentado no futuro, se todas concordarem. Ainda falta definir alguns padrões para mensagens de vídeo, como o bit rate.
Existe o interesse de expandir a interoperabilidade MMS para o Mercosul, mas nenhuma reunião com operadoras dos países vizinhos foi feita até agora.
A interoperabilidade MMS foi debatida durante o seminário Móbile Messaging South Cone 2005, realizado nesta segunda-feira, 12, no Rio de Janeiro.

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