A Options, espelhinho com licença para Itapema, Santa Catarina, vai solicitar à Anatel autorização de telefonia fixa local e de longa distância nacional e internacional (LDN e LDI) para a área de numeração correspondente à localidade que já atende (48). O objetivo inicial será ampliar sua atuação para pelo menos mais duas cidades próximas, como explica o diretor da empresa, Jody Frank. Mas como as novas regras de STFC estabelecem o atendimento obrigatório a localidades com mais de 500 mil habitantes ou a capital de cada área de numeração para quem receber licenças de telefonia local e de LDN e LDI, a espelhinho também terá de oferecer terminais para Florianópolis. Para expandir suas operações, a Options calcula que precisará de R$ 1,2 milhão, mesma quantia que investiu com recursos próprios em Itapema. ?Vamos pedir financiamento ao BNDES porque agora temos como dar garantias?, explica o diretor. Ele não quis revelar quais as cidades almejadas em suas próximas licença. Até o momento, a Options instalou mil linhas telefônicas, todas com sistema pré-pago, em Itapema. Os assinantes estão divididos igualmente entre corporativos e residenciais.
À espera do BNDES
Enquanto a Options planeja conseguir financiamento com o BNDES, outras espelhinhos não conseguiram iniciar suas operações mesmo tendo sido enquadradas pelo banco no início do ano. A RCR e a Engetel, por exemplo, solicitaram R$ 56 milhões e R$ 80 milhões respectivamente, mas não têm como dar garantias ao BNDES e, por isso, o dinheiro até agora não saiu. ?Não queremos desistir da operação e devolver as outorgas como outras espelhinhos fizeram, mas não temos de onde tirar esse dinheiro?, reclama Eduardo Moreira Martins, diretor comercial da Engetel e consultor da RCR. O executivo diz que vai pedir financiamento aos fornecedores, mas sabe que vai ser muito difícil. Todas as espelhinhos têm prazo para entrada em operação até o final de 2002.
