Banda larga e consolidação dão o tom do evento

Consolidações e banda larga. Estas são as palavras que estão dando o tom no 3GSM World Congress, maior evento de telefonia móvel do mundo, que acontece esta semana em Barcelona. Consolidação principalmente das empresas fornecedoras de infra-estrutura de rede, cuja disputa é protagonizada pelas gigantes Ericsson, Nokia-Siemens e Alcatel-Lucent. Para as três, o objetivo é fazer com que as velocidades do mundo wireless cheguem mais perto das velocidades das fibras ópticas, DSLs e cabos coaxiais.

Palpites futuros

As projeções para o futuro da indústria variam de fornecedor para fornecedor. Para a Ericsson, serão 3 bilhões de usuários de telefonia móvel em 2011 (hoje são cerca de 2 bilhões). Para a Nokia Siemens, serão 5 bilhões em 2015. A questão é tentar virar a relação de tráfego com a telefonia fixa. Hoje, na casa de 100 para um em favor das redes não wireless. Para Simon Beresford-Wylie , CEO designado para a futura operação Nokia Siemens, é possível que essa relação chegue a 50 para um com a popularização das tecnologias de banda larga wirless. Quais? Beresford cita as tecnologias HSPA e WiMax. ?Em 2015, o tráfego será 100 vezes maior nas redes, e até lá, tende a crescer de 60% a 70% ao ano?.

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Hakan Eriksson, CTO da Ericsson, aponta para um movimento imediato decorrente da necessidade de aumentar as velocidades de uplink. ?Conteúdos gerados pelos usuários, como YouTube e blogs, demandam banda de subida, e nisso as redes são deficientes, especialmente as móveis?.
Para o mundo wireless, as tecnologias de banda larga no horizonte dos principais fabricantes são as mesmas, ainda que com ênfases diferentes. A Ericsson praticamente não cita o WiMax, mas enfatiza a capacidade que as redes UMTS-LTE (Long Term Evolution). É uma sigla relativamente nova, que designa uma mudança significativa de paradigmas nas redes além da terceira geração.

Futuro do futuro

Se hoje o caminho natural das redes GSM é migrar para o W-CDMA e daí para o HSPA (que são as plataformas 3G para as empresas de GSM), o que se propõem com o UMTS/LTE é expandir os horizontes com uma modulação OFDM, totalmente diferente do CDMA, criando a perspectiva de uma quarta geração de serviços móveis, com velocidades de até 100 Mbps (desde que em arquiteturas com múltiplas antenas). Eriksson explica que sua companhia vê um futuro para as redes WiMax. ?Mas as projeções todas apontam para um universo de apenas 100 milhões de usuários em 2011, o que é pouco perto dos 3 bilhões de usuários móveis que existirão.
Já a Nokia Siemens, que nesta edição do 3GSM World Congress se apresentou pela primeira vez publicamente após o anúncio da fusão da divisão de redes das duas empresas, dá mais ênfase no WiMax. Talvez seja apenas uma questão de foco momentâneo. Beresford foi questionado por este noticiário por que razão preferiu não citar o UMTS-LTE em sua apresentação. Explicou que a tecnologia está no horizonte da Nokia Siemens, e que é o caminho natural para quem tem licenças de 3G. ?Mas os que não têm licença de terceira geração tendem a caminhar para outras tecnologias, como o WiMax?. De fato, hoje apenas um quarto dos mais de 800 operadores móveis no mundo estão confortáveis com a questão do espectro para a terceira geração.
Mas não seria um pouco cedo para falar em tecnologias além da terceira geração, considerando que há pouco mais de 100 milhões de usuários 3G, ou 5% do mercado mundial? ?Ainda não fizemos o nosso trabalho de oferecer o que o usuário quer em termos de terceira geração, e o mesmo erro não pode ser cometido com o WiMax?.

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