A Nokia anunciou nesta quinta, 11, sua estratégia para ampliar a base de usuários de celular em todo o mundo. A estimativa da empresa é que em 2008 existam 2 bilhões de usuários móveis. Hoje são cerca de 1,2 bilhão. Para alcançar esse crescimento, a empresa focará em duas frentes: presença local; e redução dos custos de propriedade para baratear os aparelhos e a infra-estrutura celular em todo o mundo.
O CEO e chairman da Nokia, Jorma Ollila, disse que países emergentes como Índia, Rússia, China e Brasil devem representar 80% do aumento da base global de assinantes. "Na América Latina esse crescimento deve ser de aproximadamente 50%, alcançando 170 milhões de assinantes em cinco anos", previu o CEO.
O desafio da Nokia e de outros fabricantes segundo Ollila é ampliar a base de usuários já que na maioria dos países pobres o índice de penetração de celular não chega a 20%. Porém ele acredita que o ARPU irá diminuir com o passar dos anos. ?As operadoras terão que agir conosco no aumento da base, porque a receita por usuário tende a cair cada vez mais com a concorrência?, disse Ollila.
A diretoria da Nokia também esteve na última quarta, 10, em Brasília para pedir agilidade na liberação de componentes importados pela empresa que são usados em aparelhos exportados. A empresa já dispõe de um recurso chamado Linha Azul por estar na Zona Franca de Manaus, que garante liberação dos componentes em até oito horas, porém os executivos querem liberação imediata dos componentes, assim como ocorre em outros estados brasileiros com produtos de informática.
A Nokia controla, mundialmente, mais de 30% do mercado de terminais celulares, com uma base de 400 milhões de usuários. A América Latina é responsável por 6% do faturamento global da empresa sendo 3% só no Brasil. O faturamento em 2002 na subsidiária brasileira foi de US$ 1,3 bilhão.