Verizon apresenta "especificações" pré-comerciais para 5G

Mesmo sem definições de padrões e com a agência reguladora norte-americana Federal Communications Commission (FCC) incentivando urgência em liberação de espectro nos Estados Unidos, a operadora Verizon anunciou "especificações" para testes 5G pré-comerciais. Em comunicado nesta segunda, 11, a tele afirma que essas diretrizes, que incluem configurações técnicas da rede de acesso, são fruto de colaboração de um grupo de trabalho próprio para definição de parâmetros para 5G antes de futuros padrões, o que só deve tomar forma pelo 3GPP entre 2019 e 2020. "O desenvolvimento da especificação permite a parceiros da indústria como fornecedores de chipsets, de rede e operadoras móveis a desenvolver soluções interoperáveis e contribuir para testes e fabricação pré-padronização", diz a empresa.

O movimento de pressão para busca de padrões não é comum vindo de uma operadora, mas parece tirar vantagem da consulta pública para liberação de espectro que a FCC deverá fazer neste mês. É também um movimento coerente com um movimento global das operadoras nesse sentido, como se vê com o manifesto pela urgência da implantação da tecnologia na Europa, posicionamento colaborativo entre várias teles e que foi apresentado à Comissão Europeia na semana passada.

Do lado de operadoras, no entanto, a Verizon não conta com parceiros nos Estados Unidos, mas tem ao seu lado a sul-coreana KT Corporation, com quem recentemente assinou um memorando de entendimento (MOU) para colaboração futura. Entre os fornecedores parceiros estão Cisco, Ericsson, Intel, LG, Nokia, Samsung e Qualcomm.

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A Verizon já testa a 5G em algumas regiões nos Estados Unidos como Nova Jersey, Massachussetts e Texas. Utiliza uma plataforma fixa de acesso de rede sem fio com frequências de 28 GHz e 39 GHz. Afirma já ter conseguido nessa etapa conquistas como operação de "várias centenas de banda em MHz", processamento com arreio de múltiplas antenas e capacidades de agregação de portadoras "que são substancialmente diferentes do 4G (LTE-Advanced)". Ainda alega que testes com CPEs residenciais mostraram que sistemas de ondas milimétricas são viáveis.

As especificações foram divididas em quatro documentos: acesso de rádio em geral; multiplexação e codificação de canais; canais físicos e modulação; e procedimentos de camadas físicas. Essas especificações podem ser baixadas no site do grupo de trabalho.

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