Escritório Arnold Wald passa a ser administrador judicial único da Oi

O juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, nomeou o Escritório de Advocacia Arnoldo Wald para ser o único administrador da recuperação judicial do Grupo Oi. O escritório já era um dos administradores, junto com a PricewaterhouseCoopers (PwC), afastada da função de administrador judicial financeiro por decisão judicial e substituída pela empresa BDO Consultoria, que, por sua vez, ficou impossibilitada de assumir a função já que havia sido nomeada como auditor independente em substituição à KPMG. A decisão foi tomada em uma reunião do juiz com o escritório de advocacia e o Ministério Público nesta segunda-feira, 10, e comunicada ao mercado por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Como o trabalho de administração ficará concentrado em uma só empresa, o juiz determinou que fosse aplicada uma redução de 30% sobre o saldo da remuneração que cabia ao administrador judicial financeiro, o que trará um benefício econômico às empresas recuperandas e aos credores, na opinião do juiz. No comunicado, a Oi confirma que o Juízo nomeou o escritório para concentrar as funções, ficando autorizado a contratar pessoas físicas ou jurídicas para auxiliá-lo na parte financeira e contábil, conforme permitido pela Lei de Recuperações.

Além da BDO, outros dois indicados pela Anatel, a Alvarez e Marsal Consultoria Empresarial e a Deloittee Touche Consultores ficaram impossibilitadas de assumir a obrigação. Durante a audiência especial para tratar o caso, o Juiz Fernando Viana afirmou que o AJ atual tem desempenhado "um trabalho de excelência" e, por isso, autorizou a concentração. "A proposta de se concentrar todo o trabalho da administração judicial no AJ Jurídico me parece que trará, momente neste momento processual, um benefício para o andamento do processo, pois como o Escritório Wald já está familiarizado com as ferramentas e procedimentos utilizados para obtenção de informações junto às recuperandas, e junto aos credores, além de já ter montado toda a estrutura apropriada ao exercício da função, não haverá perda de tempo que fatalmente ocorreria com a entrada de uma nova empresa que teria que entender todo o processo, se familiarizar com os diversos personagens envolvidos e com todos os procedimentos adotados para, então, iniciar os trabalhos." Assim, Viana nomeou por completo o escritório. 

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O administrador financeiro original nomeado em julho do ano passado era a PriceWaterhouseCoopers Assessoria Empresarial. No final de março, entretanto, o juiz Fernando Cesar Ferreira Viana considerou que a empresa provocou "erros grosseiros" nos relatórios, incluindo a duplicação de créditos que ampliariam a dívida em mais de R$ 2 bilhões, e por isso, afastou a empresa do processo, intimando a BDO, que era uma indicação da Anatel.

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