Em meio à forte corrente de especulações que dá como certo o interesse da Telmex pela Embratel, Jeffrey Noble, analista do BBVA Research, que acompanha sistematicamente o mercado mexicano, não vê razão para que a empresa compre a Embratel. Poderia ser um bom negócio para a operadora brasileira porque a empresa de Carlos Slim é sólida, tem um fluxo de caixa expressivo e consegue dinheiro barato no mercado. Mas não o seria para a mexicana porque não há sinergia potencial entre as duas operadoras e o preço da Embratel já está relativamente alto. A Telmex também correria o risco de um rebaixamento de rating devido ao risco incorporado.
Seria diferente a situação com a América Móvil, a companhia de telefonia móvel também controlada por Carlos Slim. Faz mais sentido, principalmente, em razão dos ganhos resultantes das interconexões. Noble, contudo, observa que a América Móvil (Claro no Brasil) já andou comprando muito na América Latina, vendo-se assim na contingência de se alavancar com novos empréstimos. Aqui também haveria o risco de uma piora em seus indicadores, com risco de rebaixamento de rating.
Venda da Embratel