Operadoras estudam evolução dos sistemas de gerenciamento de aparelhos

Conhecer o celular que seu assinante usa é uma informação essencial para qualquer operadora. Igualmente importante paras as teles é ser capaz de configurar o aparelho à distância, incomodando o mínimo possível seu cliente. As altas taxas de churn verificadas no mercado brasileiro e o crescimento na venda de aparelhos desbloqueados têm aumentado o aparecimento na rede das operadoras de terminais desconfigurados para o uso de serviços de dados. Por conta disso, cresce o interesse das operadoras em aprimorar suas plataformas de gerenciamento de aparelhos, ou ?mobile device management? (MDM). O assunto atraiu a presença de representantes de diversas operadoras móveis do Brasil e da América Latina no evento ?MDM Américas?, que terminou nesta quarta-feira, 10, no Rio de Janeiro.
Quase todas as operadoras brasileiras utilizam hoje soluções de detecção de aparelhos a partir de aplicativos instalados nos SIMcards dos usuários. É o caso da Claro, da Vivo e da Telemig Celular, por exemplo. Esse mecanismo funciona relativamente bem, mas, de acordo com fontes do mercado, o ?estado da arte? são sistemas com identificação automática usando a sinalização do core da rede da operadora, o que é mais seguro e mais confiável. A Claro é um das que estão estudando essa possibilidade.
Outra tendência é a adoção de sistemas para atualização do firmware dos aparelhos ?over the air? (FOTA), afirma o gerente de serviços de valor adicionado (SVA) da Vivo, André Andrade. O firmware é o software principal do telefone celular. Às vezes ele pode conter algum bug que o torna incompatível com determinada aplicação lançada pela operadora. A melhor solução para esse tipo de problema é o FOTA ? a outra possibilidade seria um recall dos aparelhos, o que gera grande transtorno e alto custo para as empresas. Hoje já existem mais de 260 modelos de aparelhos capazes de receber atualização FOTA. Em 2005, eram cerca de 50.

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A Open Mobile Alliance (OMA) define padrões para sistemas de gerenciamento de aparelhos. A maioria das operadoras no mundo usa hoje o chamado OMA CP. Sua evolução é o OMA DM, cuja principal diferença é fazer o diálogo entre a rede da operadora e o terminal através de uma sessão em protocolo IP, em vez de usar SMS. ?Em 2006, 15% dos celulares vendidos no mundo entendiam OMA DM. Em 2008 serão 40%. E em 2010 serão mais de 80%?, previu o diretor de marketing da SmartTrust, Robert Waaler.

Fraudes

As operadoras brasileiras não gostam de falar sobre o assunto, mas uma das vantagens de se identificar o modelo de celular do assinante é o combate a fraudes no varejo. O único representante de operadora a tocar no assunto durante o evento foi Jorge Roberto Gonzalez, responsável pela homologação de aparelhos da Telefónica Moviles no México. Segundo o executivo, a identificação dos terminais permite checar se os dados de vendas fornecidos pelos varejistas estão corretos. Afinal, a venda de aparelhos subsidiados em redes varejistas precisa ser feita de forma casada com a de um SIMcard da operadora que arca com o subsídio. Uma fraude possível é o varejista dizer à operadora que vendeu um aparelho sofisticado, quando, na verdade, vendeu um modelo mais simples.

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