Nokia registra queda nas receitas após incorporação da Alcatel-Lucent

Após a incorporação com a Alcatel-Lucent, a Nokia ainda enfrenta barreiras antes de poder ter o retorno esperado em sinergias. Em seu balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2016 divulgado nesta terça, 10, a fornecedora finlandesa mostrou queda nas receitas, mas avanço no lucro.

A receita líquida diminuiu 9% no comparativo anual pro forma com a combinação das duas empresas, totalizando 5,603 bilhões de euros. A área de redes Nokia Networks caiu 8% e fechou março em 5,181 bilhões de euros – a queda foi mais acentuada em negócios de ultra banda larga, que caiu 12% e totalizou 3,728 bilhões de euros, enquanto a divisão de redes IP e aplicações cresceu 1% e ficou em 1,452 bilhão de euros. A área Technologies totalizou 198 milhões de euros, redução de 27%, enquanto as receitas consideradas comuns ao grupo aumentaram 16% e ficaram em 236 milhões de euros.

O lucro operacional cresceu 25% e fechou o trimestre em 345 milhões de euros. Considerando somente a área Networks, foram 337 milhões de euros (aumento de 61%), enquanto a Technologies recuou 40% e ficou em 106 milhões de euros. A companhia registrou prejuízo de 99 milhões de euros (menor do que os 111 milhões de euros no ano anterior) em áreas comuns ao grupo. Comparando apenas os negócios da Nokia, o lucro caiu 24% e ficou em 139 milhões de euros.

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Sinergias

O presidente e CEO da Nokia, Rajeev Suri, afirmou em comunicado que os resultados demonstram o "valor estratégico" da fusão com a Alcatel-Lucent. Ele diz estar satisfeito com a "lucratividade sólida" em um período considerado fraco no ano e em um momento em que os riscos relacionados à integração eram altos. "Enquanto nossa queda na receita foi desapontadora, o déficit foi muito guiado pela Mobile Networks, onde o ambiente de desafio não é uma surpresa", declarou. Ele lembra que o processo de integração leva tempo e é complexo, mas diz estar confiante no progresso por agora almejar mais sinergias e mais fortes.

Suri explica que a empresa já concordou com o plano de transição, cobrindo as "áreas de pressão" que se sobrepõem no portfólio com os maiores clientes, começando o processo de redução de pessoal , incluindo demissões nos Estados Unidos e em outros países. Diz também que completou 40 projetos com fornecedores para tentar economias, com mais 200 projetos atualmente em curso e mais "centenas de projetos adicionais" durante o segundo trimestre. O executivo destacou ainda a recente incorporação da empresa de saúde digital Withings à Nokia Technologies.

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