Telos quer ser sócia majoritária no consórcio de compra

A Telos, fundo de pensão dos funcionários da Embratel, pretende formalizar a proposta de compra da concessionária de longa distância em consórcio com mais quatro empresas, que poderão ser tanto instituições financeiras quanto outras operadoras ou outros fundos de pensão, do Brasil ou exterior.
A Telos, contudo, vai participar do consórcio com a condição de que seja a sócia majoritária e de que os resultados do investimento correspondam aos seus padrões de rentabilidade.
Sobre as possíveis limitações legais impostas aos investimentos dos fundos de pensão, a Telos esclarece que pode investir até 35% de seu patrimônio, de R$ 2,3 bilhões, em aplicações de renda variável sem restrições, e até 50%, de acordo com o nível de governança corporativa do ativo que receber o aporte. No momento, apenas 9% dos recursos do fundo estariam comprometidos com esta categoria de investimentos, havendo portanto margem para se aplicar no mínimo mais 26%.

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Outra restrição seria quanto à participação máxima permitida em uma única empresa, de no máximo de 10% do patrimônio do fundo, o que resultaria em um total de R$ 230 milhões.
O fundo diz que não faz parte do bloco de controle da Brasil Telecom, sem ter, portanto, barreiras quanto a participar do comando de uma outra concessionária de telecomunicações. Embora esteja presente entre os sócios da BrT, da Telemig Celular, da Amazônia Celular e da Telemar, em conjunto com outros fundos de pensão, a fundação diz não deter participação societária que supere o limite legal de 20% que caracteriza controle, nem assento no conselho de administração, nem participação no acordo de acionistas, o que também caracterizaria controle pela Resolução 101 da Anatel. Pela Lei Geral de Telecomunicações (LGT), empresas não podem manter participação cruzada no controle de mais de uma concessionária.

Avaliação

O processo de estruturação do consórcio e avaliação da empresa está sendo capitaneado pelo banco UBS. O fundo deve entregar uma proposta preliminar de compra da Embratel à controladora da empresa, a norte-americana MCI, na próxima quinta, dia 11.
A justificativa para o interesse da Telos pela Embratel envolve, entre outros fatores, o cenário considerado favorável para aumento de seus investimentos em renda variável, levando-se em consideração a manutenção da tendência de queda de juros para o próximo ano. A fundação espera obter com o investimento na Embratel uma taxa de retorno duas vezes maior que a dos títulos públicos.

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